Um brinde à tradição! Nesta sexta-feira (13), a cachaça, a bebida mais brasileira que existe, celebra seu dia nacional. Minas Gerais, com mais de 41% das cachaçarias brasileiras, é o maior produtor nacional desse destilado, apreciado por paladares brasileiros e estrangeiros.

Em algum canto da prateleira, seja ela nova ou mais antiga; ou uma cortesia após um delicioso almoço, a boa e velha ‘pinga’ faz parte da tradição de Sete Lagoas. Vinda dos tempos onde a população era em sua maioria rural, a bebida faz parte do imaginário popular e todo mundo – até quem não bebe – tem uma história para contar.
Nos anos 1960, era comum dar uma colherada de pinga para crianças dormirem, disfarçada de ‘remédio’ (prática controversa, mas comum em muitas famílias setelagoanas); e os alambiques de roças da região, onde só Deus sabe qual era a procedência, mas aquele parente mais “experimentado” sabia falar que era boa e até conhecia quem a produziu.
Aqui, não tem uma “história de bar”, mas contamos uma que, de fato, realmente existe.
Tradição familiar
Com mais de 50 anos de história, a Cachaça Lima é um dos orgulhos de Sete Lagoas. Vinicius, neto do fundador, Senhor Baú, conta que a tradição foi passada de geração em geração, desde a produção dos barris até a comercialização da bebida.
“A cachaça começou através do meu avô, que produzia os barris e fez parceria com um alambique. Ele veio para Sete Lagoas e iniciou a produção. A tradição passou de geração em geração, e hoje eu tenho o prazer de continuar essa história”, conta Vinícius, representante da Cachaça Lima.
No Bar do Bat, a cachaça é a estrela
Para celebrar o Dia da Cachaça, que tal um passeio pelo Bar do Bat, um dos mais tradicionais de Sete Lagoas? Com mais de 40 anos de história, o bar, localizado no Mercadão Municipal, oferece uma variedade de cachaças para todos os gostos, sempre acompanhadas de deliciosos tira-gostos.
Do alambique ao copo: uma jornada de sabor
A produção da cachaça é um processo artesanal que exige conhecimento e dedicação. Desde a escolha da cana-de-açúcar até o envelhecimento em barris de carvalho, cada etapa contribui para a qualidade final da bebida.
Seja a caturra, a branca ou a envelhecida, a cachaça é versátil: pura, com limão, acompanhada de torresmo ou em drinks sofisticados. Para os mais aventureiros, a cachaça com jambu oferece uma experiência única e marcante.
Dicas para identificar uma cachaça de qualidade:
- Aromas: Uma boa cachaça deve apresentar aromas frutados, florais e amadeirados.
- Sabor: O sabor deve ser equilibrado, com notas de cana-de-açúcar, caramelo e especiarias.
- Cor: A cor pode variar de acordo com o tempo de envelhecimento, mas geralmente é âmbar.
- Viscosidade: Ao girar o copo, a cachaça de qualidade forma “lágrimas” que escorrem lentamente pela parede do copo.
Por fim, a pessoa que vos escreve, sabendo que é uma sexta-feira, e sendo uma apreciadora da bebida, não irá dispensar a chegada do fim-de-semana e irá tomar uma pinguinha, para manter a tradição.
Mas lembrem-se, se beber não dirija e beba com moderação.