Dois grandes nomes da música se despediram neste início de semana: o cantor Agnaldo Rayol (86 anos) e o produtor musical Quincy Jones (91 anos). Eles foram muito além em suas carreiras, tendo participações na televisão e cinema.
Agnaldo Coniglio Rayol nasceu no Rio de Janeiro em 1938, sendo neto de italianos, cantando desde cedo em rádios e tendo já participado de filmes antes de completar 15 anos. Em 1956, foi contratado pela TV Tupi de São Paulo. Com impressionante voz de barítono, Rayol esteve entre o estilo lírico, romântico e popular, começando sua popularidade nos anos 1960. Neste período já colecionava programas na televisão e cinema.
Muito lembrado pelo público por suas interpretações de músicas religiosas, o cantor já foi convidado para participar de casamentos de artistas e milionários. Temas de novelas, como Tormento d’Amore, abertura da novela Terra Nostra (1999), da TV Globo, também tem espaço no coração dos fãs.
Agnaldo Rayol sofreu uma queda no banheiro do seu apartamento, tendo um grande corte na cabeça, na madrugada desta segunda (4). Socorrido por um cuidador, ele teve que esperar por 40 minutos que uma ambulância do SAMU o levasse para um centro de saúde. Agnaldo teve uma parada cardiorrespiratória no Hospital HSAPN, como confirmado pela família em nota enviada à imprensa.
Quincy Jones
O outro talento que nos deixou era multifacetado: há quem diga que a há uma história da música antes e depois de Quincy Jones. Tendo iniciado sua carreira com uma boy band aos 16 anos de idade – de lá para cá ele foi arranjador, compositor, produtor musical, cinema e televisão.
“Hoje à noite, com o coração cheio, mas partido, devemos compartilhar a notícia do falecimento de nosso pai e irmão Quincy Jones. E embora esta seja uma perda incrível para nossa família, celebramos a grande vida que ele viveu e sabemos que nunca haverá outro como ele”, disse a família em um comunicado. Ele faleceu no domingo (3) em sua casa em Los Angeles, Estados Unidos.
A imprensa internacional cita Quincy como o “guru” de Michael Jackson, sendo o responsável pela produção de Thriller – mas também ele teve colaborações com Ray Charles, Frank Sinatra, Aretha Franklin, e com os brasileiros Ivan Lins, Simone e Milton Nascimento – Milton, aliás, mantinha amizade com o produtor desde 1967.,
Em mais de 70 anos de carreira ele venceu 28 Grammys em 80 indicações, além de ser nomeado um dos músicos de jazz mais influentes do século XX pela revista Time.