A ancestralidade do povo preto é tema de um registro audiovisual inédito em Sete Lagoas. O podcast “A africanidade das raízes do Mestre Alexandre Kisá” contará a história do sacerdote e de uma cultura que está morrendo aos poucos.
Alexandre, candomblecista e umbandista, além de agente cultural, fala das ligações africanas e afro-brasileiras com a cultura das ervas medicinais, muito comum em nosso país. “Eu e o Leandro [Rezende, produtor musical e que também atuou na captação de áudio] pensamos esse projeto justamente com o intuito de fazer um resgate de uma cultura que é importante para todos nós, e que, infelizmente, está se perdendo. Por sorte ainda temos guardiões dessa cultura como Pai Alexandre”, conta Jordana Sido, produtora executiva do projeto.
Alexandre Kisá, que conduz o podcast, diz estar satisfeito com seu resultado, principalmente com essa nova janela de visibilidade trazida pelas ferramentas digitais: “Quando o Tatto [Paschoal, produtor audiovisual e que também trabalhou na edição do projeto] chegou com toda aquela parafernália tecnológica, eu pensei que eram dois mundos diferentes, o audiovisual e a oralidade da cultura popular. Mas, nas gravações e ao assistir os episódios, percebi que o audiovisual é uma importante ferramenta para a difusão e documentação de nossa cultura”, relata.
O projeto, gravado na Associação de Cultura e Resistência Afro-brasileira Nzo Kiambeta Njimbo, foi dividido em cinco episódios, sendo financiado pela Lei Municipal de Incentivo a Cultura Paulo Gustavo, organizado pela Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo de Sete Lagoas (SECET). Como contrapartida, um dos episódios será exibido para alunos da Escola Estadual Emílio de Vasconcelos Costa, no dia 11 de fevereiro.
Os episódios irão ao ar no final do mês de janeiro, no YouTube