A Praça da Feirinha vestiu suas cores mais vibrantes neste domingo (4), para celebrar o tão aguardado retorno do Sete Lagoas Park Day. Em sua sétima edição, o evento não apenas reacendeu a chama da cultura autoral na cidade, mas também se consagrou como a edição mais bem estruturada de sua história, injetando arte e música no coração de Sete Lagoas.
Das 11h às 21h, um público ávido por experiências genuínas tomou conta do espaço, mergulhando em um caldeirão de ritmos e expressões. O Park Day 2025 distribuiu oito atrações musicais pulsantes em dois palcos, que ecoaram desde canções autorais emocionantes até a energia contagiante da batalha de MCs. A diversidade cultural foi a tônica do dia, com oficinas de dança para todas as idades, a força ancestral das rodas de capoeira e as cores vibrantes do maculelê, celebrando as múltiplas faces das brasilidades contemporâneas.
O salto qualitativo desta edição foi inegável. A robustez da estrutura, a dedicação da equipe técnica e a organização impecável elevaram o Park Day a um novo patamar. O aporte de recursos da Lei Aldir Blanc se revelou um catalisador fundamental para essa retomada em grande estilo. O financiamento público permitiu não só a montagem de uma infraestrutura técnica de ponta, com som, luz e palco de nível profissional, mas também proporcionou melhores condições de trabalho para os bastidores e uma seleção ainda mais rica e plural de artistas.
Após um breve hiato imposto pela pandemia, que culminou em uma edição mais modesta em 2022, o Park Day reafirmou sua vocação de palco para a cena independente local. Se em 2018 o evento já havia atraído cerca de 7 mil pessoas, a edição de 2025, mesmo competindo com outras festividades regionais, demonstrou a fidelidade de um público que prioriza a cultura da sua terra, o trabalho autoral e os espaços de resistência artística.
Longe de ser apenas um evento com números expressivos, o Sete Lagoas Park Day 2025 se consolidou como um manifesto da importância vital da cultura no dia a dia da cidade. A iniciativa provou que políticas públicas bem direcionadas, com foco na democratização do acesso à arte, têm o poder de transformar espaços urbanos em palcos vibrantes de encontro, troca de ideias e construção de identidade. O Park Day segue sua trajetória como um farol de ocupação cultural e uma plataforma essencial para dar voz e visibilidade à efervescente cena cultural independente de Sete Lagoas.
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