A Galeria a+arts recebe o público para visitar à exposição OUTROLHAR até o dia 12 de fevereiro. A mostra é uma das ações de comemoração da atuação profissional de Regina Márcia. São 30 anos de carreira e mais de 2 mil projetos realizados. A visitação é gratuita e fica aberta das 10h às 18h, de segunda a sexta feira, na Rua Floriano Peixoto, 283, Centro.
OUTROLHAR é metalinguística, é arquitetura falando de arquitetura. Desde 12 de dezembro na Galeria a+arts, a exposição revela a singularidade de sua arquitetura com arte, alma, vida, amor e dedicação. “Procurei realizar minha missão de realizar cada sonho, cada necessidade, com o maior carinho e comprometimento possível”, relata Regina.
Regina participou de três edições da Casa Cor Minas (1996, 2001 e 2006) e das edições anuais da mostra Decora Líder em Sete Lagoas, além de mostras no Ponteio Lar Shopping. Teve seu trabalho publicado em várias revistas e livros especializados. A publicação mais significativa foi o livro OCA – Arquitetura do Brasil (Victoria Books, vol. 2, 5, 6 e 11) que contemplou os projetos das residências de Michele Alencar e Emerson, Ana Paula Leal Correa, Marilia Leite Couto e Rodrigo Couto, Graziela e Luiz Otávio Fonseca, respectivamente. Tais projetos Regina desenvolveu desde a planta até a decoração, em momentos distintos de sua carreira. Estas quatro casas ganharam forma e cor na exposição sob OUTROLHAR.
A exposição, dividida em nove ambientes, provoca leituras sensíveis e sensoriais ao visitante, que se vê imerso em materiais de construção transformados em arte abstrata. Na sala da gratidão, os clientes são homenageados, “sem eles eu não conseguiria exercer meu dom”, agradece Regina. Vidro, concreto, casas, edifícios, volumetrias, agradecimento, entrega, maternidade, madeira, água, metal, arte gráfica, história de vidas, tijolo, aconchego, audiovisual, cores, texturas, cheiros. Urbanismo, projetos que não saíram do papel. São detalhes abstratos, arte viva, poesia concreta.
Regina conta que “o brilho nos olhos, a satisfação do cliente, a personalização é minha maior marca”. Durante a visitação da mostra, ela constatou que projetos do início de sua carreira ainda estão intactos e com os clientes ainda felizes com o espaço. “Hoje estou mais leve, mais segura, eu estou curtindo mais realizar os projetos, mas ainda é como se cada projeto fosse um filho que nasce”, confessa Regina.
“A arquitetura não é nada se não tiver alguém para usufruir dela, não é só concreto, tem muita vida por trás”, observa. Pensando nessas vidas, a arquiteta acaba de doar o projeto de reestruturação para a Pediatria do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG) e já está desenvolvendo o projeto de adequação do setor de Oncologia para que Sete Lagoas não perca esta conquista.
Após o dia 12 de fevereiro, as peças da exposição estarão à venda com parte da arrecadação doada para o HNSG. Também serão recebidos alunos dos cursos de arquitetura da cidade para aulas práticas.
Por Ana Amélia Maciel