O artista popular setelagoano Rafa Martins estreia hoje (06/maio) seu primeiro EP chamado Sandrinha nas plataformas digitais de streaming. O álbum, repleto de memórias, conta a história de Sandra Farias Pereira, mãe de Rafa, e foi feito “a muitas mãos” como diz o próprio artista. Ele faz parte ainda de uma trajetória de projetos realizados desde 2020, incluindo um minidocumentário e um show ao vivo, ambos disponíveis no Youtube. O lançamento de hoje traz as faixas “Saudade”, “Partida” e “Chegada”.
Para falar sobre o lançamento, o SeteLagoas.com.br conversou com Rafa Martins, confira!
Olá Rafa! Primeiramente, nas suas palavras aos nossos leitores, quem é o Rafa Martins?
“Eu sou artista popular! De Minas, dos palcos, mas principalmente da rua… ouço e conto histórias por onde vou caminhando.”
Em 2020 você lançou o minidocumentário “Sandrinha”. Em 2021 também fez “Sandrinha – O Show!”. Como foi a evolução do trabalho de lá para cá?
“A ideia de lançar o disco vem desde 2020 junto com o documentário para aproveitar o recurso que consegui através do Fundo Estadual de Cultura em um edital emergencial na pandemia. Eu usaria para começar a produzir o disco em casa, sabe? Seria um trabalho totalmente caseiro, caminhando com minhas próprias pernas. Mas à medida em que o tempo foi passando, descobri que não sabia 1/3 do que precisava para desenvolver a produção.
Então comecei a convidar algumas pessoas para participar. Pessoas essas que são ídolos, músicos que tenho como referência aqui em Sete Lagoas. Quase todos fazem parte da banda Congadar aqui da cidade. Então eu conto com a colaboração do Marcos Avelar, do Fred Calazans, do Igor Félix e do Lucas Gama.
O processo de gravação e de produção começa na virada de 2021 para 2022, quando a gente finalmente entra no estúdio para gravar. Mas antes disso, outras coisas foram surgindo porque, na iminência de não querer esperar o disco ficar pronto para começar a trabalhar com essas músicas, fui me inscrevendo em outros editais, em alguns festivais de música, mesmo tendo gravações apenas em voz e violão das letras.
E aí, numa dessas, o Minas Gerais Vale lançou uma convocatória e fui selecionado para fazer o Sandrinha em formato de show ao vivo de 40 minutos. Nele junto outras músicas que não fazem parte desse trabalho, mas que são da minha trajetória autoral. Só depois do “Sandrinha – O Show!” é que consegui, de fato, juntar esse pessoal para entrar no estúdio e gravar as músicas do disco.
“Sandrinha” é um processo que começaria solo, mas à medida que o tempo vai passando e eu vou sentindo que ele não está só nas minhas mãos, vou tendo a oportunidade de compartilhar esse processo com outras pessoas e elas somam lindamente a tudo que eu tinha até então. Tanto os produtores que estavam comigo nos estúdios, quanto os músicos e o pessoal que me ajudou com o processo audiovisual, seja no minidocumentário ou no Show. E aí eu preciso falar de Eric Pinguim que fez o minidocumentário comigo, toda a captação de áudio, vídeo. No Show Bruno Valbas, Milena Reis e Gabriel Cordeiro que cuidaram da cenografia, engenharia de áudio e mais um monte de coisas!”
No Instagram você tem contado histórias e bastidores sobre grandes amigos que participaram da construção do EP. Qual é a sensação de trabalhar com eles nesse projeto que também conta sua própria história e de sua família?
“A sensação é a melhor possível, de verdade. Porque além de estar trabalhando com amigos, estou trabalhando com ídolos, né? Alguns deles eram ídolos antes de se tornar amigos, foi o próprio trabalho e as músicas o que nos aproximou. Então é realizar um sonho!
O Marcão (Marcos Avelar), o Igor, pessoal do Congadar, sempre fui muito interessado no trabalho deles e acompanho há muito tempo. Fomos nos aproximando por causa da banda e dividindo espaço em alguns festivais, eu participando com meus grupos de teatro e eles com a banda. Além de outras tantas lutas como nos Conselhos de Cultura.
A gente vai se aproximando nos caminhos até que, quando decido convidar outras pessoas para participar do Sandrinha, o Marcão também tinha um convite para me fazer: ele gostaria que eu fizesse uma música do Congadar junto com ele! Daí fizemos essa troca de figurinhas e nossa relação só se estreita mais, tanto com ele quanto com a banda.
As outras pessoas que mencionei são meus amigos de longa data. Gabriel é meu amigo há mais de 10 anos, a Milena é minha amiga há 20 anos. Ou a relação começa pessoal e se torna profissional, ou começa profissional com muita admiração e se torna pessoal também por compatibilidade. Então, estou nas nuvens!
Rafaele Rane é uma tatuadora aqui da cidade que também é fotógrafa e maquiadora, foi ela quem tirou a foto da capa do disco. E ela também se envolve no processo desde o início. Antes de fazer o show do Memorial Minas Gerais Vale, eu já tinha a ideia da capa e a gente executou com muita criatividade, sabe? E ela também é uma amiga de longa data.
O pessoal do Quintal Boi da Manta, o espaço cultural do Paulinho, também se envolvem desde o início. A minha caminhada artística começa com eles. Foi Clarice, a filha do Paulinho, quem me apresentou as pessoas do teatro e me botou nesse meio. Todo o restante da equipe do Quintal participa também direta ou indiretamente do processo porque em muitos momentos eu usei a estrutura do Quintal para gravar minhas coisas. As próprias pessoas de lá colocaram a mão na massa em vários momentos para fazer acontecer!”
Sandrinha está disponível para ser ouvido no Spotify, Deezer, Apple Music, YouTube Music, Tik Tok, Tidal, Napster.
Ficha técnica
Letras, voz e violão: Rafa Martins
Bateria e produção: Fred Calazans
Baixo: Marcos Avelar
Guitarra: Igor Félix
Lap Steel: Lucas Gama
Marketing: Bruno Valbas e Mylena Reis – Terceiro Pilar
Foto da capa: Rane Baby
Agradecimentos especiais: Erick Pinguim, Gabriel Cordeiro, Quintal Boi da Manta e a todos que acreditam.
Confira também o minidocumentário e o show ao vivo:
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Da Redação, Vinícius Oliveira