Entrevista: Emílio de Vasconcelos fala em mudança de mentalidade para desenvolvimento de Sete Lagoas

Com a confiança de quem tem experiência em cargos públicos e o DNA político no sangue, o pai e o avô já foram prefeitos de Sete Lagoas, Emílio de Vasconcelos Costa (PSB), afirma que a cidade precisa de uma “mudança de mentalidade”. Terceiro colocado nas últimas eleições ao executivo com mais de 10 mil votos, o pré-candidato recebeu a reportagem do SeteLagoas.com.br em sua casa para uma entrevista. Disse que a disputa será sim polarizada entre ele, e o deputado federal, Márcio Reinaldo e que 10 partidos já estão confirmados para apoiarem sua candidatura, confira.

SeteLagoas.com.br: O que Sete Lagoas precisa em relação a uma nova administração pública? 

A cidade precisa hoje de uma administração mais eficiente e vibrante. Me perguntaram em uma reunião ‘qual seria a minha principal obra’? Respondi que a principal obra que Sete Lagoas precisa é de mudança de mentalidade. Ter uma máquina pública prestadora de serviços a população moderna, eficiente, condizente com a cidade economicamente forte que nós temos e com poder público fraco e ultrapassado atual.

SeteLagoas.com.br: A sua chapa já definiu o candidato a vice-prefeito? 

Sim, é o padre Warlen Antônio do PT, maior partido do Brasil, do governo federal, que nos proporcionou a aliança mais forte para disputar as próximas eleições.

SeteLagoas.com.br: O pré-candidato Márcio Reinaldo citou o Sr. como o principal adversário dele nas próximas eleições. O Sr. concorda que será o principal adversário de oposição?

Agradeço a colocação do deputado e digo que também o considero o adversário mais forte que posso ter. O Márcio (Reinaldo) esta aí há 18 anos representando a política de Sete Lagoas no congresso. Estou a quatro anos pregando um projeto pra Sete Lagoas e não tenho dúvidas que a disputa já está polarizada entre nós dois.

SeteLagoas.com.br: O Sr. acredita que, na última hora, o deputado Márcio Reinaldo possa desistir da candidatura para apoiar o atual prefeito, Maroca?

Não acredito. Acho que o Márcio é o candidato do Governo do Estado, isso foi falado dentro do Palácio Tiradentes. O atual prefeito é do PSDB, partido do governador do Estado, que lançou a candidatura e vai apoiar ele. Márcio Reinaldo é o candidato da continuidade do que está aí e nós viemos com uma proposta de fazer a diferença com algo realmente diferente que nós achamos que Sete Lagoas precisa.

SeteLagoas.com.br: O que seria esse algo diferente que Sete Lagoas precisa?

Planejamento, visão de futuro, recuperar a auto-estima, a cidade ser senhora do seu destino. Nós decidirmos o que é melhor pra nós, quais as nossas prioridades, e não ficar como hoje a mercê de oportunidades de programas federais, de programas estaduais. Nós é que temos que passar a sermos protagonistas do nosso destino.

SeteLagoas.com.br: Com relação a possíveis adversários, muitos candidatos podem pulverizar os votos, como você enxerga o cenário hoje?

Eu acredito que não há mais espaço, as alianças estão fechadas, os partidos já se posicionaram, nós temos 20 e poucos partidos em Sete Lagoas, cada um já tem lá seus 10 partidos, não tem mais espaço para novas candidaturas. Eu acredito que o Canabrava não venha, ele venceu todas as eleições que disputou e não acredito que vá colocar sua carreira em risco. O Múcio ficou isolado. O PMDB ficou isolado no processo, não conseguiu nenhuma aliança sequer, traçou mal o PMDB e acredito que a candidatura dele não prospere. E o Leone, ex-prefeito, bem votado como foi, foi varrido pra fora pelo sistema do Márcio Reinaldo e é do mesmo partido que não pode lançar outro candidato.

Por Marcelo Paiva