Na reta final de convenções e definição de apoios partidários onde as coligações e os candidatos serão conhecidos, um nome que corria por fora, e que foi divulgado esta semana como pré-candidato causou espanto e até surpresa em algumas pessoas. O ex-secretário de Trânsito, Caio Valace (PPS), confirmou que é pré-candidato e que “é um trabalho que vem se desenvolvendo e ganhando corpo, essa pré-candidatura não saiu do nada”, garante. Em visita a redação do SeteLagoas.com.br, Valace concedeu uma entrevista em que afirma que “muita coisa ainda vai acontecer até o fim do mês”, acompanhe.
Sete Lagoas.com.br: Muita gente acreditava que você sairia para vereador, por que prefeito?
Na realidade a conjuntura política acabou chegando a esse momento. Eu acredito que a política é feita exatamente desses debates e dessas discussões e o conjunto dos partidos da cidade estão procurando alguém que tenha a capacidade de formar uma aliança ampla, democrática, que possa trazer para a cidade um projeto político exequível e, sobretudo, ético. Então o por quê dessa pré-candidatura? É porque a política tem essa dinâmica e os nomes vão se encaixando e perceba que toda pré-candidatura que foi colocada de caráter pessoal, de desejo pessoal, essas candidaturas fracassaram ou não encontraram ressonância dos apoiamentos dos partidos. Porque política não é oposição, é uma arte de entender e compreender o processo e de ser um intérprete desse sentimento de condução das coisas públicas da cidade. E esse projeto está aberto, sendo formado, várias das coisas que a gente viu na imprensa é especulativa e fora da realidade, nossa candidatura vem colocada pelo partido, em primeiro lugar.
Sete Lagoas.com.br: Como você está trabalhando a questão das alianças, ainda dá tempo buscar apoio de algum partido?
Estamos trabalhando e nós queremos fazer um projeto político que seja a média do pensamento desses partidos políticos, que vai servir de diretriz para pegar a média do pensamento da sociedade e construir um programa de governo. Então, estamos trabalhando com essa base, isso estava faltando no processo político e isso não admitimos e não concordamos que possa ir para um debate político sem ter um programa a ser debatido pela sociedade. E aí vem a questão do diferencial, enquanto se discute qual o vereador é mais forte, quanto de dinheiro vai ter na campanha, estamos preocupados em construir um projeto partidário. E isso é o grande diferencial.
Sete Lagoas.com.br: Tem um número de partidos que você quer contar?
Normalmente estamos trabalhando com partidos do campo democrático, que historicamente defendem a questão da política da mulher, das minorias, dos partidos que tem compromisso com uma educação emancipadora e uma saúde nos moldes que vemos hoje no município. São partidos que tem historicamente um campo de aliança com o PPS. E também regimentando outras forças que passarão a compor esse grupo de partidos.
Sete Lagoas.com.br: Foi citado o nome do vereador Celsinho Paiva (PSD), em uma possível chapa como seu vice, é verdade?
Espetacular nome, Dr Celso Paiva agrega muito. É um homem com relevantes serviços prestados, muito correto. No entanto, nessas forças políticas, estão sendo discutidos nomes. Seria temerário dizer algum agora. Nenhum nome definido ainda, temos alguns, mas não posso falar ainda.
Sete Lagoas.com.br: Você é considerado um político dinâmico, o que pode ser levado para o executivo?
Eu faço política na minha cidade desde o movimento secundarista. Fui líder de grêmio estudantil, na faculdade fui presidente de diretório acadêmico, do PMDB jovem. Tem 20 anos que estou dentro de prefeitura dando consultoria em direito público, gestão pública, minha história com Sete Lagoas é antiga, sou da cidade. Minha família tem histórico de servir Sete Lagoas, então não há que se falar em uma candidatura de última hora.
Por Marcelo Paiva