Experiente e conhecedor da cidade como a palma de sua mão, como ele próprio garante, Dr. Ronaldo João (PDT) quer voltar a assumir o cargo de vice-prefeito após abandonar o mesmo cargo em agosto 2009. Articulado e experiente Dr. Ronaldo João já foi vereador por 14 anos e também deputado estadual. Em entrevista ele conta porque abandonou a administração Maroca e porque quer voltar como vice-prefeito de Márcio Reinaldo, acompanhe.
SeteLagoas.com.br: Por que o cargo de vice-prefeito?
Numa fase inicial eu seria candidato a prefeito. Mas gosto muito do Governador do Estado, que é meu amigo de longa data. E fui chamado na Cidade Administrativa juntamente com Márcio Reinaldo. Ele era candidato, eu também seria candidato. Chegando lá ouvimos um discurso do vice-governador e assistimos a um vídeo do que vai acontecer na região até 2022 com a seguinte conclusão do vice-governador. Vocês são duas forças, um está em primeiro, o outro em segundo lugar. Conhecemos vocês dois, então vocês não podem se dispersar e sim se unirem. Atendendo um chamamento maior, do progresso, nos unimos e fechei com Márcio.
O Cargo de vice-prefeito tem pouca visibilidade, o que fazer para se destacar na administração, se eleito?
No mandato passado também entrei como vice. Numa fase inicial do mandato enquanto o gabinete do prefeito não fazia nada, o nosso gabinete de vice fazia tudo. Até cafezinho e água comprados pelo meu bolso a gente dava; atenção para o povo. E uma promessa que fiz primeiro em campanha foram as estradas vicinais. Saí da prefeitura, mas deixei todas as estradas vicinais resolvidas. Agora, por que saí da prefeitura? Porque não fui prestigiado em momento algum, tampouco na escolha do secretariado. Simplesmente foi falado: ‘são esses os secretários’. Quando disse que não conhecia ninguém, o prefeito eleito disse pra mim: ‘Eu conheço todos’. Naquela hora vi que tinha embarcado em uma canoa furada. O povo acha que abandonei, não, não abandonei. Quero provar agora quanto Deus gosta de mim. Assim que eu saí, por volta de 1 de Agosto (2009), abandonei mesmo, a Assembleia me chama para ocupar o lugar de Sebastião Helvécio. Então Deus deu isso pra mim. Outra coisa também, a sala que me puseram, em uma semana, colhemos um vidro cheio de escorpião. Então, não ajudei um prefeito a chegar e ser picado por escorpião. Saí porque não tinha como ficar.
Por que hoje o Senhor se considera preparado para ser vice-prefeito?
Eu tenho 63 anos de idade, sou médico há 38, sou advogado também, além de vereador por 14 anos, com uma conduta ilibada. Eu vivo minha cidade como médico sempre primei por ir à casa do paciente. Eu conheço Sete Lagoas igual minha mão. Na minha experiência de seis anos de mandato no legislativo visitei todas as tragédias que aconteciam em Minas e cidades belas também. Tudo aquilo que eu via de bom, eu queria aplicar na minha terra. Me sinto muito preparado, caso eleito, vocês verão.
O cargo de vice-prefeito é de pouca visibilidade, o que fazer para se destacar?
Nós destacaremos porque é um acordo que tenho com Márcio. Enquanto Márcio vai cuidar de coisas mais elevadas, como buscar um recurso em Brasília, quem vai atender o povo será eu. Quem vai correr as obras serei eu. Quero ter uma pessoa para ficar especificamente, pode ser até minha irmã sem custo para a prefeitura, ouvindo o povo para saber onde está o problema. Já conheço todos os problemas, quero saber onde está mais gritante, porque na mesma hora irei lá. Vocês vão conhecer um outro vice.
O fato de o prefeito ter administrado sozinho a maior parte do mandato pode ter atrapalhado a administração?
Olha, o Maroca é uma pessoa muito boa, ninguém diz da pessoa dele. O que falta nele é mando. Para ser um administrador você tem que saber mandar. Escolher quem pode te ajudar e, ao mesmo tempo, determinar o que tem que ser feito. Na prefeitura o que sinto é isso, que não há esse mando. Houve uma administração sim, houve. Quem disser que ele não fez nada está errado. Mas eu sinto porque enquanto como deputado mandei muitas verbas e Maroca não falou pra ninguém. Sabia que Sete Lagoas precisa de velório, mandei três verbas para velório. Ele não terminou o do Belo Vale, do Santa Helena e perdeu a verba do velório do Barreiro. As pessoas falam que eu minto, eu não minto. Se tem computação moderna na prefeitura, foi graças a verba minha. Muitas praças de esporte fui eu quem mandei a verba. O compromisso que ele teria comigo de me ajudar a voltar para a assembleia, transferiu para outro por isso perdi a eleição de forma desonesta, as pessoas pecam por não serem honestas com a gente, mas é isso aí.
Na próxima entrevista com os concorrentes a vice-prefeito, conheceremos as aspirações de Jamilton Pereira concorrente da chapa encabeçada por Emílio de Vasconcelos. O SeteLagoas.com.br vai acompanhar, direto do TRE em Belo Horizonte, a apuração voto a voto das eleições 2012 para toda região. Aguarde!
Por Marcelo Paiva