Com 60 anos de fundação comemorados na última semana a Vila Vicentina têm muito o que comemorar. Atualmente 61 idosos com mais de 61 anos são assistidos pela entidade que recentemente reformou 11 casas de moradores. Em entrevista o atual presidente do Instituto de Longa Permanência para Idoso, ILPI, Sebastião Fabiano Marçal, fala um pouco sobre os avanços conseguidos e também dos projetos que pretende implantar até o próximo mês de outubro, quando novas eleições acontecem.
Sete Lagoas: Nesses 60 anos o que a Vila Vicentina tem a comemorar?
É uma graça. Quando inaugurou a Vila Vicentina tinha 50 moradores, hoje são 64. É uma graça alcançar esse número porque o estatuto do idoso tem várias questões que não permitem uma grande quantidade de pessoas. Então é uma graça mesmo chegar a essa data e fazer parte da Vila.
Sete Lagoas: Como é a rotina de quem é assistido pela Vila?
Vamos começar pelo seguinte. A Vila Vicentina é um Instituto de Longa Permanência para Idosos, ILPI. Então o idoso para ser abrigado precisa ser maior de 61 anos e tem toda assistência possível. São cinco refeições por dia e a rotina começa às 6hs com a higiene pessoal e um banho. Nesse momento as camas são trocadas. É servido o café e depois é feita uma recreação. Os idosos descansam, depois almoçam e se preparam para as visitas que acontecem todos os dias das 13hs às 17hs. Essa é a rotina diária da Vila.
Sete Lagoas: Quais idosos podem ser assistidos pela Vicentina, quais os requisitos?
Os idosos precisam preencher alguns requisitos e infelizmente muitos dos que estão aqui chegam depois de maus tratos e abandono da família. Hoje, temos a promotoria pública, passamos por uma triagem e normalmente a procuradoria encaminha esses idosos. Nos últimos três meses abrigamos cinco moradores e três faleceram porque chegaram já bastante debilitados e abandonados.
Sete Lagoas: O que podemos registrar de avanço e de projeto desenvolvido nos últimos anos da administração do senhor?
Conseguimos avançar bastante nos últimos anos. Conseguimos reformar com recursos próprios, da promotoria e dos quatro Rotary Clubes as casas individuais que são de 11 moradores. Na última semana entregamos a última casa dessas 11 que foram reformadas recentemente.
Sete Lagoas: Há mais algum projeto em pauta que a administração do senhor ainda pretenda fazer até outubro?
Temos um projeto meio ousado, mas estamos tentando, que é a troca das camas de madeira que ainda são usadas. Alguns moradores ainda usam camas de madeiras que a instituição precisa trocar. Tem também camas hospitalares que são as mais comuns, mas estão em más condições. O maior projeto que pretendo até outubro é trocar os colchões e as camas hospitalares. Se Deus e alguém puder nos ajudar tenho a intenção de realizar esse projeto que não é brincadeira porque cada cama com colchão fica em R$ 1.700. Vamos tentar um mutirão para essa troca. Já temos recurso para dez camas e vamos tentar mais 40 para que todos tenham uma cama digna.
Sete Lagoas: Como a Vila Vicentina se mantém e como as pessoas podem ajudar?
O principal mantenedor da Vila é a Sociedade São Vicente de Paulo que ajuda com recurso financeiro e material de todos os tipos. A secretaria de Assistência Social também nos ajuda com recurso financeiro, empresas também fazem doações e a população em geral nos ajuda.
Quem quiser ajudar financeiramente a Vila Vicentina, a conta para depósito é do Banco do Brasil e os dados são os seguintes: Agência: 0395-6 e Conta Corrente: 80354-5. Para conhecer um pouco mais do trabalho o endereço é Rua Floripes Guimarães Cotta, nº 684, bairro Santa Cruz. Mais informações AQUI.
por Marcelo Paiva