A banda Absinto Muito vai se apresentar no 26° Festival de Inverno da Universidade Federal de São João Del-rei, e deve continuar a surpreender os fãs. A banda formada por Renato (guitarra), André (bateria) , Henrique (baixo) e Godoy ( vocal) traz influências do blues e o do rock n’ roll dos anos 60 e 70.
Em entrevista os integrantes utilizam toda peculiaridade da Absinto Muito para falar sobre os projetos, a música e o retorno a Sete Lagoas. Linguagem universal para uma banda que tem conquistado prêmios e público por onde têm passado.
Sete Lagoas: Como está a expectativa para tocar no Festival de Inverno em Sete Lagoas? Se apresentar na cidade é especial ou diferente?
Tropical, sensorial e carnal. É inverno debaixo do equador, e voltar à terra natal é como prender a vontade e tentar abrir o olho de quem te vê de novo. Seria legal, calor e fervor, mas nesses tempos frios de casa é melhor dar amor, e o que mais quiserem, a quem estiver disposto. É abraçar e ficar perto, por que somos daqui e vamos tocar pra gente. Porque seria especial ? O bom filho, a casa torna especial.
Sete Lagoas: O que as pessoas podem esperar do show? Músicas mais conhecidas como “Eu não vou voltar” também vão estar no repertório?
Diálogo. Viagem. Tempo. Espera. Amor. Pessoas. Contato. Risos. Bocas. Entrega. Olhares. Presente. Presença. Razão. Incomum. Festa. Fluido. Aplausos. Bagagem. Agradecimentos. Prazer. Vontade. Êxtase. Fim/Começo.
Como disse o jornalista e crítico musical Frederico Amoz: “…é uma grande experiência vê-los no palco, já que o som dos caras é uma experiência em si, que permite ao público toda uma gama de sensações estéticas e psicodélicas – é o novo, de novo. “
Sete Lagoas: No mês de junho vocês lançaram o novo CD “A Banda Morre”, (clique AQUI para baixar as músicas ) por que a escolha desse nome para o álbum, e quais as novidades o disco traz?
Tudo morre e nasce a cada momento. Eu, escrevendo, acabei de morrer e outro de mim nasceu ao terminar essa frase. O disco matou e deu à luz. É o nosso filho/pai, é o retrato de nós mesmos antes, e como todo retrato, guarda o amor, o orgulho e os sentimentos daquele estado que vivemos: “anda corre, samba dorme, o tempo passa e a banda morre”.
Sete Lagoas: Quais os artistas referência da banda? Das versões que vocês fazem nos shows tem alguma preferida, ou indispensável?
Dos tambores do candomblé, dos sinos da catedral de São Pedro à citara indiana, tudo influencia a Absinto Muito. Desde o Fuzz rítmico do Jimi Hendrix, que se assemelha ao Fuzz do Sérgio Dias (Mutantes), que se aproxima do Fuzz de Jack White, tudo influencia a Absinto Muito. Da explosão do The Who, da potência sonora do Led Zeppelin à brasilidade dos Novos Baianos, tudo influencia a Absinto Muito. A sonoridade, o visual e a ideologia dos anos 60 e 70 seduzem e estão presentes nas mais diversas formas de expressão da banda.
Sete Lagoas: Como foi a experiência de vencer o FunMusic (veja AQUI) em 2011 e a viagem para Londres?
Resposta padrão: POSITIVA. Muito bom, Seguem-se vários comentários sobre a viagem e descrições sobre lugares maravilhosos buscando enaltecer o grande valor da conquista: grandioso prêmio, grande vitória, grande viagem…resposta chata. É como dizem: “Quem tem boca vai a Londres.”
Sete Lagoas: Quais são os próximos projetos?
Dançar, gravar e fazer o “Música de Lazer”. Viver, tocar e comer isso, o próximo Disco. Viajar, correr, essa terra está viva, “Banda à Deriva”.
Confira a nova música de trabalho “O Menestrel”
http://www.youtube.com/watch?v=Az8inmEN6Jk
Por Nayara Souza