No próximo dia 28 de novembro associados em dia da Câmara de Dirigentes Lojistas, CDL, vão escolher novo mandatário para a entidade. O atual presidente Kefferson Alves Jardim (chapa “Renovação: Força, União e Transparência para Crescer”) e o lojista Hudson Marcelo Viana (chapa: CDL Atuante, Empresariado Forte”) se inscreveram como candidatos.
Para que os associados com direito a voto conheçam melhor os candidatos, o SeteLagoas.com.br apresenta, a seguir, em pequena entrevista as motivações e propostas de cada um dos dois candidatos. Nesta sexta-feira, 22, você confere a entrevista com Hudson Viana. A eleição na CDL não acontecia há 40 anos e os últimos presidentes foram empossados por aclamação.
SeteLagoas.com.br: Porque se candidatar?
O motivo da candidatura primeiro é levar a CDL para o associado e trazer o associado para a CDL, tirar aquela cortina que existe. Escuto muito na periferia que a CDL é ruim, não é bom, é preciso tirar essa imagem. Vejo que está faltando essa via de mão dupla, do ir e vir. A CDL ir até o lojista e o lojista entrar aqui (CDL) e saber que aqui é a casa dele que ele (lojista) faz parte, o primeiro motivo é esse. E tem outras coisas também de aproveitar a CDL para levar ideais que acredito que estão acabando como honestidade, amor ao próximo e a palavra de Deus. Aqui é um canal que vejo como possibilidade e a CDL me permite essa abertura de estar em mais lugares. Mas a essência mesmo é de fortalecer a CDL junto ao associado.
SeteLagoas.com.br: Quais as propostas para convencer o associado?
Transparecendo essa proposta da CDL próximo aos lojistas e o lojista próximo. A CDL atuando bem fortalece o lojista e o empresariado, porque não são só lojistas os associados. A gente pretende convencer com essa ideia de que se a gente for atuante a gente consegue fortalecer o associado de forma geral. Com propostas de parceria com poder público e polícia. Já tem algo encaminhado, mas acredito que pode melhorar levando para o associado que a gente não está inerente aos problemas que a gente participa. Um poder de convencimento que tenho é que vivemos essa realidade. Eu como lojista no ramo de calçados e confecções sei o que o associado está vivendo porque nossa realidade é essa por isso é muito mais fácil a gente que está no meio levar adiante o plano porque a gente vive a situação. Com o próprio exemplo de vida da gente vamos tentar convencer que a chapa é interessante por aí.
SeteLagoas.com.br: Ainda há descontentamento da população com o atendimento do comércio, o que a CDL pode fazer para mudar isso, na sua opinião?
Eu acho que a CDL nesse aspecto pode levar palestras, cursos, trazer o associado para aqui dentro e mostrar o quê que a população reclama, o que o nosso consumidor não está satisfeito, isso eu tenho muita consciência. Eu escuto essa reclamação por vários lugares que passo. Hoje a gente passa por uma carência muito grande. Não de mão de obra, mas uma carência muito grande de ser humano. A gente está perdendo isso para as máquinas, para as coisas que são frias. Hoje, mais do que os objetos que eu adquiro, eu estou buscando o sorriso das pessoas, o bom atendimento, o calor humano. Um dia falaram que a internet ia acabar com o vendedor, eu sou completamente contra isso, a internet acabar com uma profissão. Mais que as coisas, o ser humano precisa de calor humano. O dia que o calor humano acabar, as coisas vão acabar também. A CDL pode, através de mensagens diretas para os lojistas, apontar que a população está insatisfeita e que a gente tem que melhorar, que existem caminhos para melhorar. Eu tenho dentro das minhas lojas e faço treinamentos com eles, coloco aos meus colaboradores que eles estão em primeiro lugar pra mim, assim como os meus clientes. Eu tinha uma percepção que o cliente vinha em primeiro lugar, mas não, são os colaboradores que estão. Mas claro que isso é para aquele colaborador que participa com a mesma mentalidade minha. Nas minhas lojas o treinamento é para a pessoa mais simples a mais chique ser recebida igual. Todos são seres humanos, são filhos de Deus, que merecem carinho e bom atendimento. Se eu trato bem o carteiro, o leiturista do SAAE e da Cemig, quando chegar o meu cliente ele também será bem atendido porque eu já estou treinando o atendimento. O CDL tem capacidade de melhorar essa questão para o consumidor final, para a população, ajudar sim. Têm mecanismos como cursos, palestras, que estão faltando, pela distância que ficou entre CDL e associado, isso está se perdendo. A gente pensa por aí em conseguir aproximar pra melhorar, o principal está no final. O negócio tem que ser bom para várias pessoas, lá na ponta disso está o consumidor. No dia que a gente conseguir fazer isso acontecer muita coisa vai mudar. Eu penso que a CDL tem essa facilidade, essa ponte que está interrompida e a gente precisa desobstruir para melhorar.
A partir deste sábado, 23, você confere também aqui no SeteLagoas.com.br a entrevista com o outro candidato a presidência da CDL Kefferson Jardim.
Por Marcelo Paiva