Natural de Sete Lagoas, o lateral-direito Marcos Rocha, 20 anos, contou com a desgraça de um companheiro para ter uma chance no time principal do Atlético. Após a contusão de Sheslon, o jogador da categoria júnior do Atlético foi o escolhido pelo técnico Leão para assumir a camisa 2 da equipe alvinegra, estreando sábado passado. E correspondeu. Em sua segunda partida pelo Galo, diante da torcida no Mineirão, quarta-feira contra o Uberaba, o lateral deu passes precisos para os jogadores de ataque. Domingo será sua prova de fogo. Enfrenta o principal rival, o Cruzeiro. “Foi uma coisa diferente que aconteceu na minha vida. A oportunidade apareceu quando eu não esperava. Estava procurando meu espaço e meus objetivos”, conta.
Para treinar na “Cidade do Galo”, em Vespasiano, Marcos Rocha percorre em um ônibus, pela manhã e à tarde, os 70 quilômetros que separam a capital mineira de Sete Lagoas, onde vive com a família. Revelado nas categorias de base do Galo, Marcos foi integrado ao elenco profissional na temporada passada. Com a contusão de Sheslon, antigo titular da posição, o jogador acabou ganhando uma vaga no time titular e fez sua primeira partida pelo Atlético na vitória por 3 a 0 diante do Social, em Ipatinga.
Marcos Rocha começou a jogar bola aos seis anos em times de Sete Lagoas, como o Bela Vista e escolinha do Cruzeiro. No ano passado, o lateral foi emprestado ao CRB-AL, onde marcou nove gols na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, mas o time acabou rebaixado. Neste ano, a diretoria do Atlético resolveu apostar no atleta e renovou o contrato até 2011. Ele é filho da dona-de-casa Valdeci Rocha, 39 anos, conhecida como Dona Doca, e do cabo da Polícia Militar, Silas Alves.
Da redação – Sete Dias
Celso Martinelli