Após a morte de um torcedor do Cruzeiro no último domingo, a Federação Paulista de Futebol (FPF) decidiu banir a entrada da Mancha Alvi Verde, principal torcida organizada do Palmeiras, em jogos realizados nos estádios e arenas do estado de São Paulo. A medida segue a recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPESP), que iniciou uma investigação sobre o incidente.
De acordo com o MP, o ocorrido evidenciou que torcidas organizadas atuam como “facções criminosas”. O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, afirmou que o confronto entre torcedores do Palmeiras e do Cruzeiro resultou em um saldo trágico, com vários feridos e uma morte. “Esse episódio é inaceitável e representa uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade”, declarou.
A vítima, um torcedor de 30 anos do Cruzeiro, foi atacado quando um ônibus da torcida organizada Máfia Azul foi interceptado por integrantes da Mancha Alvi Verde na Rodovia Fernão Dias, próximo a Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo. A Polícia Civil investiga o caso e classificou o evento como uma emboscada.
Identificação dos envolvidos
A Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) informou que alguns dos envolvidos na emboscada já foram identificados. A autoridade policial reafirmou seu compromisso em esclarecer os fatos.
Em nota divulgada no domingo, a FPF lamentou a tragédia. “O atentado, promovido por bandidos que usam indumentárias alusivas ao futebol e a clubes, é mais um triste episódio que deve ser severamente punido pelas autoridades competentes”, afirmou a entidade. A FPF ressaltou que o futebol deve ser um ambiente de paz e transformação social.
A Mancha Alvi Verde, até o momento, não se pronunciou oficialmente sobre a proibição, mas emitiu uma nota negando sua responsabilidade pelo incidente. “Lamentamos profundamente mais esse triste acontecimento e manifestamos nossa solidariedade aos familiares da vítima. Repudiamos veementemente tais atos de violência e afirmamos que não organizamos, participamos ou incentivamos qualquer ação relacionada a esse incidente”, diz a nota, destacando que não se pode responsabilizar a torcida por ações isoladas de um pequeno grupo de torcedores.
Confira a decisão da FPF:
Da redação com Agência Brasil