Agentes da Polícia Civil de São Paulo e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumprem nesta sexta-feira (1º) mandados de busca, apreensão, e prisão contra integrantes da Mancha Alvi Verde. Até o momento ninguém foi preso.
Policiais estiveram na sede da torcida e arrombaram a porta do local para apreender objetos da organizada, de acordo com a Folha de São Paulo. As buscas são feitas na capital paulista, em Taboão da Serra e São José dos Campos, em dez endereços de pessoas alvo da investigação.
Seis torcedores possuem mandados de prisão, entre eles o presidente, Jorge Luís, e o vice-presidente, Felipe Matos dos Santos.
Pai de presidente da Mancha é levado para delegacia
Participam do cumprimento das ordens judiciais policiais do Departamento de Operações Estratégicas, Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos, Grupo Especial de Reação e Antissequestro da PC paulista. Integrantes do Ministério Público acompanham as buscas.
Nos endereços dos procurados, os policiais tentam localizar três veículos identificados na cena do crime, além de celulares, computadores, roupas e armas usadas no ataque aos ônibus. Segundo a delegada que coordena a operação, Fernanda Herbella, o objetivo é prender os alvos envolvidos no crime e coletar provas para auxiliar nas investigações.
Pouco antes das 8h, o pai de Jorge Luís, Balbino Santos (72 anos) foi levado por policiais civis para uma delegacia, de acordo com a Folha. Emocionado, ele afirmou que, se soubesse onde o filho estava, o entregaria e disse que o filho é inocente e que nunca imaginou passar por tal situação. Balbino se solidarizou com a família do torcedor morto.
Em cumprimento de um dos mandados, policiais civis apreenderam um veículo Chevrolet Celta prata. Os agentes também localizaram roupas, entre elas camisas da Mancha Alvi Verde. Barras de ferro também foram localizadas e apreendidas.
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Defesa diz que não teve acesso ao inquérito
O advogado Gilberto Quintanilha, que defende o presidente da Mancha, afirmou não ter tido acesso ao inquérito. Segundo ele, a situação impede que saiba de maneira formal contra quem são os pedidos de prisão e o seu conteúdo: “Enquanto eu não tiver acesso, não tem como eu entregar sem saber o que tem na acusação”, afirma. Segundo Quintanilha, o pai de Jorge esteve na delegacia apenas para ser ouvido em relação a objetos apreendidos.
Emboscada
Integrantes da Mancha Alvi Verde organizaram uma emboscada a dois ônibus da Máfia Azul na rodovia Fernão Dias (BR 381) em Mairiporã (SP) no domingo (27). José Victor Miranda, integrante da organizada de Sete Lagoas, foi morto no confronto. Outras 20 pessoas ficaram feridas. Um veículo foi incendiado e outro depredado.
com FolhaPress