A partida de volta acontece na próxima quinta-feira, às 19h 30, no Mineirão. O Cruzeiro pode empatar que se qualifica para enfrentar o vencedor de São Paulo x Chivas Guadalajara nas quartas-de-final. Derrota por 1 x 0 também classifica o time celeste. Os chilenos só passam adiante com vitória por dois gols de diferença ou placar a partir de 3 x 2.
Adilson Batista preparou o Cruzeiro para enfrentar um adversário armado no esquema 3-5-2 pelo experiente uruguaio Sérgio Markarián, ex-técnico da seleção paraguaia. Escalou o veloz Soares ao lado de Kléber no ataque. Após desfalcar o time na decisão do Campeonato Mineiro devido a uma pancada no tornozelo direito, Thiago Ribeiro ficou no banco.
O volante Fabrício cumpriu o primeiro dos dois jogos de suspensão pelo cartão vermelho recebido nos 2 x 0 sobre o Deportivo Quito. Foi substituído por Henrique no meio-campo. A zaga celeste foi formada por Léo Fortunato e Leonardo Silva.
Incluído de última hora na viagem ao Chile, o lateral-esquerdo Athirson ficou no banco de reservas e o meia Gerson Magrão foi mantido no setor. O recém-contratado herdou a camisa 6 de Fernandinho, em recuperação de cirurgia no joelho esquerdo, e substituiu na delegação o argentino Sorín, que sofreu uma lesão muscular na coxa direita no treino de segunda-feira.
A delegação celeste voltará a Belo Horizonte na noite de sexta-feira e terá apenas um dia de preparação para a estreia no Campeonato Brasileiro, domingo, às 16h, contra o Flamengo, no Mineirão.
O jogo
Embora fosse visitante, o Cruzeiro fez o que dele se esperava a partir do apito inicial do uruguaio Jorge Larrionda. O time celeste impôs sua melhor técnica, manteve o controle da bola e só passou por alguns sustos em momentos esporádicos da primeira etapa.
Nos primeiros 45 minutos, o Cruzeiro finalizou dez vezes, cinco delas com precisão rumo ao gol defendido por Miguel Pinto. Já o Universidad conseguiu apenas quatro ocasiões de gol, mas forçou o goleiro Fábio a trabalhar em três delas.
A primeira grande chance do jogo foi do Cruzeiro. Aos 7 min, bela troca de passes entre Jonathan, Ramires e Marquinhos Paraná resultou em toque de calcanhar de Kléber para Soares, que recebeu na área e chutou para grande defesa do goleiro, com o pé direito.
O camisa 18 não teve muito tempo para se lamentar. No minuto seguinte, abriu o placar para o Cruzeiro. Após lançamento longo do campo de defesa, Wagner brigou com um defensor e conseguiu tocar a bola, que sobrou para Ramires avançar pela esquerda. O camisa 8 cruzou na medida para Soares tocar no contrapé de Miguel Pinto e fazer 1 x 0.
O primeiro susto aconteceu aos 12 min. O atacante uruguaio Olivera recebeu bom passe na entrada da área e apareceu sozinho na frente de Fábio, que soube fechar o ângulo e tocou na ponta dos dedos para forçar o escanteio.
O time celeste não se abalou e retomou o domínio do jogo rapidamente. Mas não evitou outros dois bons momentos do adversário. Aos 22 min, Montillo lançou Olivera, que encarou Fábio novamente e se viu forçado a chutar por cima, sem sucesso. No minuto seguinte, Fábio fez milagre em cabeceio à queima-roupa do mesmo Olivera.
O Cruzeiro respondeu com o que tem de melhor, o toque de bola. Aos 38 min, Wagner e Soares fizeram uma triangulação com Ramires, que chutou de fora da área e forçou Miguel Pinto a trabalhar.
Dois minutos depois, uma dupla infelicidade para o Cruzeiro. Kléber recebeu passe na intermediária e deu de primeira para Soares, que invadiu a área e chutou rente à trave direita. No lance, o atacante que fazia boa partida teve o tornozelo direito atingido por um adversário e teve que deixar o campo. Thiago Ribeiro entrou em ação, aos 43 min.
O Cruzeiro voltou para o segundo tempo com a mesma formação que terminou o primeiro. O Universidad também não fez substituições, mas retornou com outra postura e equilibrou a partida. Os chilenos pressionaram a partir do apito inicial, em busca do empate.
Quando era pressionado, o time celeste mostrou eficiência. Aos 6 min, Marquinhos Paraná recebeu a bola na intermediária, avançou e rolou a Thiago Ribeiro na ponta direita. O armador correu para a área, recebeu de volta, levantou a bola e acertou um belo chute no canto direito, sem defesa para Miguel Pinto. Cruzeiro 2 x 0.
Sérgio Markarián lançou no jogo o paraguaio Cuevas e o chileno Villalobos na tentativa de melhorar o aproveitamento do ataque uruguaio, que esbarrava nos erros de finalização. Adilson Batista respondeu com a entrada de Athirson no lugar de Wagner, aos 23 min, e do lateral-direito Jancarlos na vaga de Jonathan, já aos 37 min.
Gerson Magrão permaneceu na lateral e Athirson ficou incumbido de organizar o meio campo. Ele apareceu bem em pelo menos duas ocasiões. Aos 29 min, cobrou falta de longe e o goleiro defendeu sem problema. Cinco minutos depois, o camisa 6 tabelou com Kléber na área, ficou em boa condição, porém chutou à direita do gol.
O jogo se encaminhava para o final quando o Universidad conseguiu seu primeiro gol. Aos 40 min, José Rojas acertou lançamento longo para Manuel Villalobos, que recebeu na esquerda e, sem ângulo, acertou um forte chute cruzado para fazer 2 x 1.
UNIVERSIDAD DE CHILE 1 X 2 CRUZEIRO
Motivo: jogo de ida das oitavas-de-final da Copa Santander Libertadores
Data: 07/05/2009 (quinta-feira)
Local: estádio Nacional de Santiago-CHI
Árbitro: Jorge Larrionda (URU)
Público: não informado
Renda: não informada
Gols: Soares, aos 8 min do primeiro tempo; Marquinhos Paraná, aos 6 min, e Manuel Villalobos, aos 40 min do segundo tempo
Universidad de Chile
Miguel Pinto; Osvaldo González, Rafael Olarra e José Rojas; Marcelo Díaz (Sebastián Pardo), Manuel Iturra, Felipe Seymur, Walter Montillo (Nelson Cuevas) e José Contreras; Emilio Hernández e Juan Manuel Olivera (Manuel Villalobos)
Técnico: Sergio Markarián
Cruzeiro
Fábio; Jonathan (Jancarlos), Léo Fortunato, Leonardo Silva e Gerson Magrão; Henrique, Marquinhos Paraná, Ramires e Wagner (Athirson); Soares (Thiago Ribeiro) e Kléber
Técnico: Adilson Batista
Cartões amarelos: Marquinhos Paraná, Léo Fortunato e Kléber (Cruzeiro); Manuel Iturra (Universidad)
Cartão vermelho: Rafael Olarra (Universidad)
João Marcos Dias