O Cruzeiro deverá, até janeiro de 2019, apresentar sua equipe feminina de futebol. A modalidade é exigência da Conmebol para que clubes participem da Copa Libertadores da América. Em entrevista, o vice-presidente de futebol do clube celeste, Itair Machado, explicou que o time deverá ser “terceirizado”.
“O Marcone (Barbosa) é o gerente de futebol. Deleguei esse assunto a ele, que está conversando com possíveis parceiros. O Cruzeiro pretende terceirizar. O Cruzeiro tem um problema grave, que é o espaço físico. Não temos um espaço físico em Belo Horizonte para atender as demandas da disputa do feminino”, afirmou o dirigente.
A reportagem procurou Marcone Barbosa, gerente de futebol. Segundo ele, houve dez reuniões para tratar do tema, mas o martelo ainda não foi batido. Marcone, contudo, assegurou: em 2019, o Cruzeiro terá um elenco feminino apto a disputar todas as competições.
“Temos dois modelos: o primeiro é o Cruzeiro fazer de forma direta, com recursos próprios. O segundo é fazer por meio de parcerias. Ainda não definimos como será a formatação, mas já houve reuniões tanto com interessados em parcerias para desenvolver o projeto quanto com profissionais especializados em conduzir de maneira direta. O que a norma diz é que a gente tem que ter uma equipe a partir de 2019 em condições de disputar as competições. Vamos cumprir o que é exigido pela Fifa e pela Conmebol”.
Marcone preferiu não revelar os nomes dos interessados em firmar parceria com o Cruzeiro, porém afirmou ter conversado com três clubes. Como as propostas seguem em aberto, não há definição sobre locais de treinamento e jogos.
Regulamento da Conmebol
Em seu estatuto publicado em 2016, a Conmebol explica o passo a passo para os clubes postulantes às vagas nas competições sul-americanas. Segundo a entidade, além de uma “primeira equipe”, o interessado deve ter ao menos um elenco de categoria de base. Há ainda a necessidade de fornecer infraestrutura para a prática desportiva. O regulamento permite a realização de parcerias, como pretende o Cruzeiro.
“O solicitante (à licença) deverá ter uma primeira equipe feminina ou associar-se a um clube que possua o mesmo. Além do mais, deverá ter pelo menos uma categoria juvenil feminina ou associar-se a um clube que possua. Em ambos os casos, o solicitante deverá prover de suporte técnico e todo o equipamento e infraestrutura (campo de jogo para a disputa de jogos e treinos) necessária para o desenvolvimento de ambas as equipes em condições adequadas. Finalmente, se exige que ambos os times participem de competições nacionais e regionais autorizadas pela respectiva associação membro”.
Com Superesportes