Os primeiros meses de 2019 tiveram um início parecido com o ano passado, infelizmente para o atacante Neymar. Após sair com dores de uma partida pelo PSG, o brasileiro teve confirmada uma nova lesão no pé direito. Situação semelhante com o que ocorreu antes da Copa do Mundo na Rússia, e que quase tirou o jogador do torneio. Agora, ele vai precisar lutar contra o tempo, mais uma vez, para se recuperar até o final da temporada.
Com 20 gols em 23 partidas realizadas, a temporada 18/19 tem sido uma das melhores da carreira de Neymar, pelo menos nos números. Desde que chegou ao Paris Saint-Germain, por mais de US$ 250 milhões, ele nunca tinha sido tão decisivo para a equipe francesa. A parceria com Mbappe e Cavani tem funcionado e já marcou mais de 87 gols na temporada, como mostram os números da reportagem feita pelo portal Lance.
No entanto, as lesões voltaram a assombrar o brasileiro durante a partida entre PSG e Strasbourg, pela Copa da França. Ele saiu mancando e, nos dias seguintes, teve o problema confirmado. Ele deve ficar parado até o início de abril, perdendo alguns jogos do time francês na Liga dos Campeões e também no Campeonato Francês. Foi uma lesão no mesmo pé direito que machucou em 2018, quando ele começou tratamento em março e perdeu todo o restante da temporada.
A ausência de Neymar, por conta de lesões, virou assunto entre os jornalistas. Como mostram alguns números do jornal O Globo, ele já perdeu mais de 26 partidas no PSG por esses motivos. Na época do Barcelona, onde ele jogou por quatro anos, só ficou de fora em 21 oportunidades. Ou seja, enquanto perdeu apenas 8,7% das partidas do clube catalão, já ficou de fora em mais de 28,5% de jogos em Paris.
Recorde em pausa
Com a lesão, Neymar deve perder também alguns jogos da Seleção Brasileira. Além de desfalcar o time, vai adiar a chance de ultrapassar Ronaldo e se tornar o segundo maior artilheiro do Brasil. Atualmente, o jogador do PSG tem 60 gols e precisa de mais dois para ultrapassar o Fenômeno. Na primeira posição, e com alguma vantagem, está Pelé com 77 gols.
Seria mais um número para colocar Neymar como um dos principais jogadores do futebol nacional. Como mostra a reportagem do portal Goal, em novembro do ano passado, o atacante marcou na Liga dos Campeões pela 31ª vez e se transformou no brasileiro com mais gols no torneio. Ele deixou para trás figuras clássicas como Rivaldo, Kaká e Jardel.
Por isso, o PSG pode sentir falta para as partidas importantes que vai ter nos próximos meses. A equipe de Thomas Tuchel ainda está na disputa da Liga dos Campeões e sonha com o título. Porém, quem está perdendo o sono com a nova lesão de Neymar, é Tite, que sente a pressão de ter um ano decisivo.
Neymar vira dúvida na Copa América
Em junho e julho deste ano, a Seleção Brasileira vai sediar e disputar a Copa América. Tite esperava contar com força máxima para conquistar o primeiro título como treinador do Brasil, já que acredita ter um favoritismo absoluto. Em entrevista para o canal SporTV, ele comentou que existe uma obrigação brasileira com a Copa. Alguns jornalistas também concordam com a opinião do comandante.
Os números também parecem estar favoráveis com o Brasil, mesmo Neymar sendo uma incógnita. Junto com a Argentina, e equipe brasileira está no topo dos mais cotados do portal de apostas da Betway. No dia 11 de fevereiro, o time comandado por Tite tinha 38,2% de chance de ser campeão da taça continental, uma porcentagem um pouco maior que a Argentina. Chile, Colômbia e Uruguai devem correr por fora.
Pressionado por bons resultados, Tite precisa vencer a Copa América para garantir que fica no comando da Seleção até a Copa de 2022, no Qatar. Desde a eliminação contra a Bélgica, nas quartas de final do Mundial da Rússia, alguns nomes começaram a ventilar para o lugar do treinador. Porém, a equipe reagiu rapidamente e conseguiu vencer os seis amistosos depois do torneio, mantendo 100% de aproveitamento.
Já Neymar espera conseguir estar bem fisicamente para os meses de junho e julho, quando acontece a Copa América. No entanto, é preciso que ele esteja melhor preparado do que em 2018, quando voltou de lesão e não conseguiu render o esperado em campo.
da redação