O Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) vai apreciar no próximo dia 20, às 13h30, o pedido de Licença de Implantação (LI) da Arena MRV, o estádio do Atlético que será erguido no bairro Califórnia, região Noroeste da capital. Trata-se da última etapa para que os empreendedores entrem com as máquinas no canteiro de obras.
O processo é o primeiro da pauta, que passará pela votação de 15 conselheiros, sete da base do governo e sete de organizações não-governamentais e associações. A LI do estádio é aprovada por maioria simples, ou seja, são necessários oito votos.
“Um relator será nomeado. Ele vai estudar o processo, quando já tiver o parecer técnico da secretaria. É um parecer multidisciplinar e transversal, que passa por Sudecap, BHTrans, Urbel, Secretaria de Planejamento, Regulação Urbana e outras e que deságua na Secretaria de Meio Ambiente, que é o gestor maior”, explica o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck, que só vota em caso de empate.
O Atlético protocolou no dia 19 de outubro relatório de 1.600 páginas com o cumprimento de 50 condicionantes, cinco medidas compensatórias e o Plano de Controle Ambiental necessário para conseguir a licença de instalação do complexo. Em abril deste ano, o empreendimento já tinha conseguido a licença prévia, que autorizou o cercamento do terreno e a colocação de tapumes no local.
Deste então, técnicos de diferentes pastas da prefeitura analisam a documentação. A reunião do dia 20 de dezembro será a última do Comam em 2019. Os conselheiros receberão os relatórios técnicos com antecedência. A LI só não será votada agora se algum conselheiro pedir vistas do processo. “Não acredito que isso vá acontecer. Vamos tirar todas as dificuldades de análise porque já fizemos uma pré-pauta. Está tudo indo bem, mas vamos esperar”, destacou Werneck.
Recursos
Para construir seu estádio, o Atlético vendeu metade do shopping Diamond Mall à Multiplan, que já administrava o complexo de compra. A empresa pagou R$ 250 milhões em setembro de 2017, quando a venda recebeu o aval do conselho deliberativo do clube. Com o rendimento, o montante já está na casa dos R$ 290 milhões.
O estádio vai custar R$ 420 milhões, valor que deve ter sofrido reajustes por causa do tempo que já se passou. O clube vendeu os naming rights à MRV por R$ 60 milhões e ainda vai vender cadeiras cativas, pretendendo arrecadar mais R$ 100 milhões (60% desse valor foi garantido pelo Banco BMG). A arena terá capacidade para 47 mil torcedores.
Com Super Notícia