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Estudo diz que finanças do Cruzeiro em 2019 foram as piores da história do Brasil

O balanço financeiro apresentado pelo Cruzeiro em 2019, ano de seu rebaixamento inédito para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, é o pior já registrado na história do futebol nacional. Isso é o que mostra a Pluri Consultoria, em uma de suas mais recentes publicações.

Foto: Thiago FerrazFoto: Thiago Ferraz

De acordo com o estudo, o endividamento líquido do clube, obtido através da subtração dos empréstimos e financiamentos de seu patrimônio total, atingiu os R$ 799 milhões. Isso representa um crescimento de 564% de seu endividamento líquido nos últimos oito anos.

O maior déficit da equipe se concentra em sua dívida tributária, avaliada em R$ 349 milhões. Em seguida, se encontram os seus empréstimos e financiamentos, que geram um rombo de R$ 142 milhões. Não obstante, a dívida com outros clubes também é um problema notório e já atinge R$ 112 milhões.

O mais intrigante, contudo, é que, neste mesmo período, descontada a queda de 15% em 2019, as receitas do clube tiveram um aumento de 125%. Neste intervalo, a maior fonte de renda do Cruzeiro foi oriunda da venda dos direitos de transmissão, mais cotas de participação.

Essa quantia, no entanto, será consideravelmente reduzida em 2020, em decorrência de sua queda para a Série B, o que poderá dificultar ainda mais as finanças da equipe. Em 2019, calcula-se que o Cruzeiro recebeu cerca de R$ 70 milhões da televisão. Para 2020, projeta-se que esse valor seja reduzido para R$ 30 milhões, inferior à metade do montante total do ano anterior.

A Série B está prevista para ser iniciada no dia 8 de agosto. O Cruzeiro irá começar a competição com seis pontos a menos que seus demais adversários em decorrência de uma dívida com a Fifa. O primeiro embate da equipe celeste será contra o Botafogo-SP, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte.

Quem estará à frente do time neste complicado 2020 é Sérgio Santos Rodrigues. Ele venceu a eleição presidencial do Cruzeiro, em maio passado. Sérgio Rodrigues substituiu José Dalai Rocha, que ocupava o cargo desde a renúncia de Wagner Pires de Sá.

"Eu saí da mesma arquibancada em que o torcedor vai. Sou de família cruzeirense e poder representar a torcida é um prazer fora do comum. Não tenho dúvida de que, com muita garra e determinação, vamos sair da difícil situação que enfrentamos. Agora precisamos de paz, dentro e fora do clube, e precisamos que a torcida abrace o nosso projeto e seja nossa parceira para que o Cruzeiro suba", declarou o novo presidente.

"Planejamos nossa atuação no Cruzeiro desde o início da candidatura. Estudamos dia e noite os problemas do clube e em como solucioná-los. Como sempre falo, os problemas não são maiores do que a marca Cruzeiro. Somos maiores do que qualquer problema", disse Rodrigues.

Com Itatiaia



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