Esporte, inclusão social e muita diversão estiveram presentes na manhã de hoje (24) no Ginásio Coberto Dr. Márcio Paulino, na Praça da Feirinha em Sete Lagoas. Tudo isso trazido pelo Festival Paralímpico do Comitê Paralímpico Brasileiro com organização da Secretaria de Esportes da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas.
O evento foi nacional e ocorreu simultaneamente em 80 cidades espalhadas pelo Brasil que foram selecionadas por meio de edital do Comitê aberto em fevereiro. O Festival não teve caráter de competição, pois o objetivo principal era levar a experiência de praticar esportes paralímpicos às gerações mais novas.
Crianças e adolescentes de 8 a 17 anos com mobilidade reduzida puderam praticar as modalidades de atletismo, bocha paralímpica e vôlei sentado. Professores e voluntários ficaram responsáveis por dar as instruções de cada esporte e auxiliar os praticantes durante toda a experiência.
No atletismo houve corrida com obstáculos, arremesso de objetos e corrida com guia. As atividades foram realizadas ao ar livre no pátio externo do Ginásio e acompanhadas com bastante entusiasmo por pais, responsáveis e amigos dos jovens.
A bocha paralímpica foi apresentada através de tabuleiros e quadras demarcadas no pátio. A modalidade consiste em, estando dentro de uma área, lançar bolas coloridas o mais próximo possível da bola branca, podendo ser usados mãos, pés, instrumentos de auxílio ou calhas por pessoas com maior comprometimento motor.
O professor e técnico de bocha paralímpica Leonardo Moura participou do Festival e deixou seu depoimento: “O sentimento é de dever cumprido, satisfação e alegria de ver essa galera tendo novas experiências. Bocha é um esporte simples de se fazer, qualquer pessoa pode praticar. É o esporte mais fácil de aprender e qualquer um pode jogar em qualquer espaço, basta ter doze bolinhas de cores diferentes, um espaço para jogar e está feita a bocha adaptada.”
Já dentro do Ginásio Coberto os atletas receberam instruções iniciais para a prática do vôlei sentado e logo depois puderam jogar divididos em duas equipes, uma de cada lado da rede.
No evento também foi apresentado um vídeo com grandes nomes do nosso esporte paralímpico incentivando e parabenizando a todos os presentes, principalmente aos atletas, pela participação na data de hoje. Além disso, as crianças e adolescentes receberam medalhas de participação e se confraternizaram com professores e voluntários num delicioso lanche.
Na abertura o Secretário Adjunto de Esportes do município Fabrício Fonseca já havia exposto sua alegria em receber o Festival, parabenizou todos os organizadores e completou: “Eu como funcionário de carreira, em 23 anos é a primeira vez que a gente faz isso”. Também em entrevista para nosso portal ele disse: “A gente não quer parar nesse Festival, porque a gente sabe que pessoas com deficiência em Sete Lagoas estão paradas dentro de casa, vamos descobrir o talento desse pessoal”.
Uma das coordenadoras do evento Ana Leonídia, junto com Adriana Fernandes e Geraldinho Magela, convocou mais portadores de deficiência para as próximas oportunidades: “Vocês tem que ocupar os lugares que são de direito de vocês, epaços de educação, lazer, e esporte. As portas estão abertas, precisamos que vocês queiram entrar por elas”. Destacou ainda que “esse é o primeiro de muitos eventos, já estamos em conversa com o Secretário para ainda este ano tentar outro evento para contemplar aqueles acima de 18 anos”.
O Silas, que foi voluntário no Festival, é atleta cadeirante de atletismo e compartilhou conosco sua história: “Comecei no atletismo em 2018 e isso mudou minha vida. Nesse tempo conheci muitas pessoas e a prática do esporte melhorou demais minha condição de saúde e meu físico também. Abriu minha mente e hoje faço faculdade de Educação Física, pretendo continuar trabalhando na área. Esse é o segundo Festival Paralímpico que participo, participei de outro em Betim. Estar aqui motivando as crianças e adolescentes é muito satisfatório para mim porque hoje eu sei o tanto que fez bem para mim e eu quero esse bem para todos eles”.
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Da Redação, por Vinícius Oliveira.