Oficialmente – ou segundo os critérios da CBF – o Brasil conta com nada mais nada menos do que 17 campeões do seu torneio mais tradicional e importante, o Campeonato Brasileiro da Série A, que, de acordo com a atual norma da confederação, teve a sua primeira edição em 1959, quando o Bahia se sagrou campeão em cima do Santos de Pelé.
Feito parecido seria alcançado pelo Cruzeiro em 1966, quando a equipe de Tostão, Dirceu Lopes, Natal, Piazza e companhia limitada bateu o time do maior jogador de todos os tempos, com direito a um incrível 6 a 2 no Mineirão, que sacramentou a conquista da raposa.
De lá pra cá, o Brasil consagrou a existência de 13 gigantes que culminaram na criação do famoso Clube dos 13, hoje já extinto. Além deles, composto pelos quatro paulistas (Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo), quatro cariocas (Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo), dois mineiros (Cruzeiro e Atlético), dois gaúchos (Grêmio e Internacional) e um baiano (Bahia), se somaram os paranaenses Coritiba e Athletico-PR, que venceram as edições de 1985 e 2001, respectivamente, o Guarani de Campinas, que levantou o caneco em 1978, e o Sport, cuja conquista é a mais polêmica, pelo fato de o Flamengo ser considerado, por muitos, o legítimo campeão de 1987, quando, devido a um racha dos clubes com a CBF, houve a disputa de módulos diferentes da peleja.
Dito isto, o Campeonato Brasileiro da Série A de 2023 volta a ter a presença de 15 campeões nacionais, o que não ocorria desde 2020. Com o acesso conquistado por Cruzeiro, Grêmio, Bahia e Vasco, e a permanência do Coritiba na primeira divisão, a disputa volta a reunir algumas das mais tradicionais e apaixonados torcidas do país, que ficarão na espera para que Sport e Guarani reconquistem a volta na próxima temporada.
Os 17 campeões brasileiros estiveram reunidos pela última vez na Série A de 2002, quando o Santos acabou se tornando o campeão, com a equipe de Diego e Robinho (hoje condenado por estupro na Itália), comandada pelo treinador Emerson Leão. O cenário serve para lembrar que a maior riqueza do futebol brasileiro sempre foi a diversidade, ante a iminência do domínio de apenas duas equipes abastadas.
Com Itatiaia