Está claro que a seleção das cidades será feita exclusivamente a partir dos critérios definidos pela FIFA, com base no histórico da entidade de realizar esse evento ao redor do planeta. Faço questão de saudar o elevado profissionalismo que vem marcando a atuação de todas as cidades. É nítido o esforço de conduzir essa tarefa de forma técnica e objetiva.
Questões como a infra-estrutura atual, a qualidade dos transportes, a rede hoteleira, etc., serão importantíssimas. Mas outros aspectos, como a tradição futebolística, o hábito de realizar eventos de grande mobilização, o apoio da sociedade e das lideranças, também serão considerados. No final, contará o que cada cidade irá agregar para o marketing da Copa.
O foco das candidatas à Copa deve ser trabalhar duro. Quanto mais projetos consistentes, melhor. Promessas sem lastro técnico de viabilidade podem fazer bonito para a platéia, mas não para os jurados.
É natural um certo clima de ansiedade entre as concorrentes, mas desde já é preciso afastar de forma peremptória o risco de ver surgir um personagem potencialmente típico nessas horas, o chamado espertalhão. Quero ser bem claro nesse ponto: o Comitê Organizador da Copa não indica, não prefere, não sugere, não apóia, não condiciona, não sinaliza, não recomenda, nem credencia quem quer que seja. Isso vale para empresas de consultoria de qualquer tipo, prestadores de serviço em geral, empresas de construção, de marketing, enfim, seja qual for o fornecedor ou o interesse.
Tenho certeza de que isso não vai acontecer, pois estamos atentos e tudo está sendo feito com transparência. Mas destaco esse ponto para que não pairem dúvidas. Até porque o trabalho desenvolvido até agora tem sido tão exemplar do ponto de vista ético que ninguém deve cair na tentação de se deixar iludir por um desavisado.

CBF NEWS