O Atlético está muito próximo de anunciar o seu modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e ele caminha para ser diferente do que o futebol brasileiro vê até agora em clubes como Botafogo, Vasco e Cruzeiro, por exemplo.
As duas propostas devem ser apresentadas ao Conselho Deliberativo, que é o órgão responsável pela aprovação do processo, e em ambas o Galo, mais do que um percentual de participação no negócio, terá também voz ativa nas decisões a serem tomadas.
Esta é a grande diferença da SAF que será implantada no Atlético em relação aos outros clubes que já têm investidores, pois ela funcionará no modelo de acordo de acionistas.
As decisões terão que passar pelas três partes da SAF, que serão compostas pelo acionista majoritário, o clube, que terá um percentual considerável, e os acionistas minoritários, que serão os chamados 4Rs, grupo de empresários atleticanos que têm ajudado o clube de forma significativa desde o início de 2020.
Todas as decisões relativas ao Atlético, principalmente no futebol, que é o grande negócio do clube, serão por acordo de acionistas. Isso não acontece, por exemplo, em Botafogo, Vasco ou Cruzeiro, onde o dono da SAF tem o poder de condução dos processos. Este modelo impede que o clube fique entregue a um dono.
Propostas
São duas as propostas que a diretoria executiva do Atlético vai apresentar ao Conselho Deliberativo num prazo máximo de 60 dias. O primeiro prevê um aporte de R$ 800 milhões do investidor, que ficará com 50% da SAF. O Galo terá 37% do negócio e os 4Rs, 13%.
Neste modelo, não entram percentuais de ativos do clube, como a Arena MRV e a Cidade do Galo. Esses patrimônios ficam 100% com a instituição.
A segunda proposta prevê a colocação de R$ 1,8 bilhão pelo investidor principal, que seguirá com 50% do negócio. A diferença é que todos os ativos passariam a ser patrimônio da SAF, com os acionistas tendo participação proporcional nos ativos.
Assim, o Atlético manteria cerca de 42% dos ativos da Arena MRV e da Cidade do Galo.
A divisão acionária seria com o Galo ficando com 42% da SAF, e os chamados 4Rs, com 8%.
Como não haverá outro aporte por parte dos 4Rs, o equity fica diluído, aumentando a participação do clube.
Com Itatiaia