O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) prendeu, na manhã deste sábado (25), oito integrantes de uma torcida organizada do Cruzeiro. A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime organizado (Gaeco), do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (Caocrim) e da 11ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, em conjunto com a Polícia Militar.
Os outros dois alvos da operação ainda não foram localizados.
Os torcedores foram presos por participação em brigas e depredações, ameaças a jogadores do Cruzeiro e familiares. Eles já têm passagens pela polícia e condenações criminais.
Como medida cautelar, o MPMG determinou que os torcedores sejam monitorados por tornozeleira eletrônica. Eles também estão proibidos de frequentar estádios nos dias de jogos do Cruzeiro, de ficar próximos à Toca da Raposa II, centro de treinamentos da Raposa, e a sede do clube.
A operação foi motivada por um confronto entre torcedores do Cruzeiro e do Coritiba, no Paraná, ocorrido no dia 8 de novembro. Na ocasião, os torcedores do Cruzeiro foram acusados de iniciar a briga e de depredar o estádio Couto Pereira.
O MPMG informou que a investigação sobre os crimes cometidos pelos torcedores ainda está em andamento.
Veja trecho da decisão
“Relatório técnico que acompanha a inicial comprova que os investigados supranominados associaram-se para o fim de praticar os mencionados atos de violência, de modo que se mostra cabível e proporcional a aplicação da medida cautelar de monitoração eletrônica, com a determinação de afastamento deles das sedes do Cruzeiro e da proibição de frequentar os estádios/arena em que serão realizados jogos do time.
A monitoração eletrônica revela-se não somente proporcional, como necessária para evitar que novos episódios tais como os que ocorreram nesse mês de novembro/23 voltem a acontecer, na medida em que inibirá os investigados de se aproximarem dos estádios onde ocorrerem os próximos jogos do Cruzeiro, dos centros de treinamento e da sede do Clube, salvaguardando a ordem pública”.
Da redação