Você aceitaria que seu clube ‘trocasse’ de nome por conta de uma plataforma de acompanhantes? O Vitória, clube de Salvador, recebeu uma proposta de um site para que, nos próximos dez anos, se chame “Fatal Model Vitória”, em uma espécie de naming rights.
Além da proposta incomum, a plataforma ainda quer nomear o estádio do clube, o Barradão. Foi ofertado R$ 200 milhões pelas duas ações. Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (1º), Fábio Mota, presidente do Vitória, explicou que abriu uma enquete para conhecer a opinião dos sócios do clube. O gestor reforçou que o resultado da enquete não será definitivo para a mudança do nome, que ainda precisaria ser aprovada pelo Conselho Deliberativo e votada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE).
“É apenas uma enquete. Ninguém está aqui para vender o nome do Vitória. Quando o Vitória recebe uma proposta como essa, você tem a obrigação de tornar pública, de ouvir as pessoas. Cada um tem sua convicção. Recebemos duas propostas: uma para vender o nome do estádio por dez anos, e outra para o nome do clube. Estamos simplesmente fazendo uma enquete para ouvir o que o torcedor acha disso”, explicou o gestor.
O clube é o atual campeão da Série B 2023.
As propostas
A empresa de acompanhantes oferece R$ 100 milhões pelo naming rights do Barradão ou R$ 200 milhões para mudar o nome do clube. A validade do acordo é de dez anos e não é cumulativa. Ou seja, se o Vitória aceitar mudar o seu nome por R$ 200 milhões, a Fatal Model não vai mais destinar R$ 100 milhões pelo naming rights do estádio.
Propostas da Fatal Model ao Vitória:
- R$ 100 milhões pelo naming rights do Barradão, que passaria a ser chamado de Fatal Model Arena Barradão.
- R$ 200 milhões pelo nome do clube, que passaria a ser chamado de Fatal Model Vitória.
É válido lembrar que, o processo para mudar o nome do Vitória é mais complexo e envolve debate no Conselho Deliberativo, além de votação em Assembleia Geral Extraordinária (AGE). No caso do naming right, a discussão é mais simples e envolve apenas decisão da diretoria rubro-negra. “Se o torcedor aceitar, o nome do clube deixa de existir. É uma ou outra. São R$ 100 milhões para naming rights e R$ 200 milhões para o nome do clube. Eles não estão aqui propondo R$ 300 milhões. Se for aprovada a segunda opção, é de forma ativa. Eu não tenho poder de fazer isso. Tem que ter discussão no Conselho, na AGE”.
“É uma decisão além do presidente. A decisão que está ao poder do Conselho Diretoria é a venda do naming rights. Se for aprovada, vamos mandar para os órgãos internos do clube. Ninguém é dono do clube. Temos uma Associação com 33.222 sócios. O que estamos fazendo é apenas uma enquete que não é vinculativa ao que vai acontecer”, completa o presidente.
Da redação com Globo Esporte