A diretoria interina da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) demonstra confiança diante da possibilidade de punição pela FIFA, em virtude do afastamento do presidente Ednaldo Rodrigues, determinado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ).
A FIFA, em conjunto com a Conmebol, emitiu duas comunicações recentes alertando sobre possíveis sanções devido à interferência judicial. Entretanto, a CBF acredita que a participação ativa das federações estaduais e clubes no processo eleitoral afasta a ameaça de punição.
A CBF ressalta que o afastamento de Ednaldo Rodrigues foi resultado de uma decisão judicial solicitada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Ademais, destaca-se que o presidente afastado está buscando apoio para sua participação na eleição, tendo se aproximado do presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos.
Dessa forma, a CBF acredita que a eleição, prevista para ocorrer até 25 de janeiro, contará com o respaldo das federações estaduais e clubes, o que contribui para afastar a possibilidade de punição por parte da FIFA.
Contexto do afastamento
O contexto do afastamento de Ednaldo Rodrigues remonta a 2018, quando o Ministério Público do Rio de Janeiro iniciou um processo relacionado à eleição de Rogério Caboclo, antecessor de Ednaldo. A ação questionava o estatuto da confederação por discordâncias com a Lei Pelé, especialmente no que diz respeito aos pesos diferenciados para clubes nas votações.
Após a anulação da eleição de Caboclo em 2021, a CBF passou por uma intervenção judicial que nomeou interventores, entre eles Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol. No entanto, essa decisão foi posteriormente revogada.
A CBF e o Ministério Público chegaram a um acordo extrajudicial, formalizado por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Na eleição de 2022, Ednaldo Rodrigues foi eleito para um mandato completo até 2026. No entanto, um recurso acionado por Gustavo Feijó, ex-vice de Caboclo, resultou no acatamento, em 7 de dezembro pelo TJ-RJ, da anulação do TAC e no afastamento de Ednaldo Rodrigues.
A entidade terá até 25 de janeiro para realizar uma nova eleição para presidente.
Da redação
Fontes: Itatiaia