Terminou neste sábado (22) a operação “Arrastão”, coordenada pelo Comitê Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada (CGFAI), com participação de 28 militares da Polícia Militar de Meio Ambiente e Trânsito de Minas Gerais (Demat) e oito técnicos do Instituto Estadual de Florestas (IEF). A operação fiscalizou 289 pescadores amadores, 141 pescadores profissionais e 15 estabelecimentos comerciais. As ações de fiscalização se concentraram no Rio São Francisco e no Lago de Três Marias.
O objetivo da ação foi coibir a pesca predatória e ilegal na bacia do rio São Francisco, fiscalizar o cumprimento das portarias da piracema e cumprir 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela juíza da comarca de Três Marias. A ação contou com o apoio de 13 veículos, dez barcos e uma lancha. Foram apreendidos 595,1 quilos de pescado, sendo 250 quilos em dois restaurantes, além de 14 quilômetros de redes, seis armas de fogo, 91 munições e diversos petrechos de pesca. A polícia efetuou também uma prisão por porte ilegal de arma de fogo e realizou 50 boletins de ocorrência nos cinco dias da operação.
De acordo com o técnico do IEF Fernando Remo, essa fiscalização representou a retirada de circulação de instrumentos e agentes que estavam impossibilitando a subida do peixe para desova no período da piracema. De acordo com a portaria 192 da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, está proibida, durante o período da piracema, a prática de atos de pesca para todas as categorias, no perímetro compreendido entre mil metros acima e mil metros abaixo das barragens, usinas hidrelétricas, cachoeiras e corredeiras e a menos de 500 metros de raio da confluência e desembocadura de rios, lagoas, canais e tubulações de esgotos e em locais proibidos pelas Legislações Estadual e Federal.
O IEF aplicou cerca de 21 mil reais em multas. O pescado apreendido foi doado para 11 instituições filantrópicas do município de Três Marias.
AGÊNCIA MINAS