Queijo Minas Artesanal é comercializado com nova embalagem. Chega ao fim a procura por uma embalagem padronizada para o Queijo Minas Artesanal, que atenda às normas de segurança alimentar e facilite a venda do produto nos supermercados. A partir desta sexta-feira (5), começa a ser vendido em Belo Horizonte o primeiro lote do Queijo Minas Artesanal maturado com uma embalagem feita de um componente do leite: a caseína. A comercialização do produto com nova embalagem é o resultado de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais e a Associação Mineira de Supermercados (Amis). As primeiras vendas serão no supermercado Mart Plus, do bairro Belvedere.
|
A embalagem de caseína foi desenvolvida para que o queijo tenha a permissão da Vigilância Sanitária Municipal para ser vendido maturado e em temperatura ambiente. A portaria autorizando a comercialização foi publicada nesta semana e é inédita no país. A nova embalagem foi adaptada para Queijo Minas Artesanal pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Ela é transparente, permite a ‘respiração’ do queijo e possibilita a manutenção do produto à temperatura ambiente, sem perder a qualidade, aparência, sabor e aroma.
A caseína tem o aspecto de uma cola branca, que fica consistente depois de aplicada. No produto maturado, a aderência da resina é garantida e a colocação do rótulo pode ser feita sem qualquer problema.
O queijo com a nova embalagem que começa a ser vendido em Belo Horizonte é produzido pela Associação dos Produtores do Queijo Canastra (Aprocan). A associação abrange sete municípios que compõem a microrregião produtora e conta com 17 associados. O produto é cadastrado no Instituto Mineiro de Agropecuário (IMA) e apresenta no rótulo informações que permitem sua rastreabilidade, como nome do produtor e propriedade de origem.
Comercialização
O secretário da Agricultura do Estado, Gilman Viana, considera que a adoção da embalagem de caseína representa um grande passo para a comercialização do queijo artesanal mineiro. “É de fundamental importância a busca do conhecimento que possibilite agregar valor aos produtos e aumentar o número de pontos de venda”, ele explica. “Os pesquisadores da Epamig, ao concluir que essa resina poderia ser utilizada no queijo artesanal, encontraram uma excelente alternativa para a preservação das condições do alimento. O mesmo revestimento já é utilizado em outros alimentos”.
AGÊNCIA MINAS