O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro – que representa 11,75% do PIB do agronegócio nacional – deve alcançar R$ 89,6 bilhões em 2008. O crescimento é de 14,8% na comparação com 2007, quando o PIB foi de R$ 78 bilhões. De acordo com o secretário, a participação de Minas Gerais no agronegócio nacional é crescente e a competitividade será a arma para enfrentar os desafios no próximo ano. “Será difícil continuar com recordes, mas Minas Gerais estará melhor que outros estados. Haverá uma firme retração no primeiro semestre, que será geral em todo o mundo, e a situação vai exigir competência das pessoas. Não há sinal de queda e, sim, de crescimento num ritmo menor”, afirmou.
Segundo Gilman Viana, Governo de Minas já está adotando medidas para minimizar os possíveis efeitos do que ele considerou um “acidente econômico”, como a liberação de linhas de crédito. Na manhã desta quinta-feira (18), ele participou da assinatura de protocolos de intenção com a iniciativa privada, com projetos para 2009. Entre eles, foram citadas parcerias com a Danone, no valor de R$ 79 milhões, com o grupo Unitas, para instalação de uma usina de etanol, no valor de R$ 176 milhões e com o frigorífico Mataboi, no valor de R$ 85 milhões, para a instalação de uma nova unidade.
Durante a coletiva, Gilman Viana lembrou que o agronegócio de Minas Gerais deu um salto também nas exportações, com um crescimento de 17% no período de janeiro a novembro de 2008. Mesmo com a redução de 2% no volume exportado no acumulado desse período em relação a 2007, as vendas para o mercado externo geraram receita de US$ 5,3 bilhões. O valor é o maior registrado no Estado e supera o obtido durante todo o ano passado, que foi de US$ 4,9 bilhões. Atualmente, o agronegócio representa 23,2% de toda a exportação em Minas Gerais.
O principal responsável por esse resultado foi o café, produto mais exportado pelo Estado e o segundo produto na pauta de exportações brasileiras. De janeiro a novembro, as vendas do produto geraram a maior receita nas exportações: US$ 2,7 bilhões, 17% a mais que o gerado no mesmo período do ano passado. Em 2008, a produção mineira foi de 23 milhões de sacas, um aumento de 42% em relação ao ano anterior.
O secretário Gilman Viana destacou as ações do Programa de Certificação de Café. Segundo ele, o programa, que é o primeiro do gênero executado por um governo estadual, buscando conquistar novos mercados. A meta é de que, até 2011, cerca 1500 fazendas de café do Estado recebam certificado de reconhecimento internacional.