A expansão do Tratamento Supervisionado/Estratégia Dots (tratamento supervisionado diretamente observado) com um aumento de 98% na sua indicação, no período entre 2003 e 2007, acarretou na redução de 36,9% da taxa de abandono. No controle da tuberculose é importante que o paciente siga o tratamento durante todo o período indicado, já que o abandono nos primeiros meses, período em que ocorre o desaparecimento dos sintomas, pode fazer com que o bacilo se torne ainda mais resistente à ação dos medicamentos. “E a capacitação profissional é um ponto básico no controle de endemias”, reforça o coordenador Estadual de Pneumologia da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Edílson Corrêa.
Outro resultado importante alcançado em 2007 (a consolidação dos dados referentes a 2008 ainda não foi concluída) foi a superação da meta estabelecida no Pacto pela Vida junto ao Ministério da Saúde de alcançar 65% de índice de cura. Em Minas, 69,1% dos pacientes chegaram à cura. Mais um ponto relevante foi a incremento de 85,9% na realização do teste anti-HIV nos casos notificados de tuberculose, entre 2003 e 2007, auxiliando no diagnóstico dos casos de coinfecção TB-HIV (acréscimo de 27% no intervalo citado).
Os municípios considerados prioritários pelo Ministério da Saúde correspondem a 39,80% de toda a população e, 57,56% das notificações da doença no Estado. A região de Belo Horizonte responde por 36,45% desses casos. Para melhorar esse quadro, foi criada em 2008 a Rede Técnica Metropolitana de Belo Horizonte de combate à tuberculose, que deve começar a funcionar plenamente neste ano. A redução de 84% de casos ignorados/branco, que estavam em 44,5% para 6,8%, provocada pela limpeza do banco de dados estadual, é outro ponto favorável.
O comportamento de transmissão e as características individuais associadas à doença mostram que os principais fatores para sua disseminação estão associados à baixa renda familiar, escolaridade precária, habitações ruins, alcoolismo, desnutrição alimentar e doenças infecciosas associadas. Estima-se que nos países em desenvolvimento, de 30% a 60% da população estejam contaminadas pelo bacilo Micobacterium tuberculoses.
AGÊNCIA MINAS