“Todos devem se conscientizar e cuidar do meio ambiente cotidianamente, principalmente aqueles que moram em áreas próximas às margens de rios ou córregos urbanos que estão mais expostos aos perigos das enchentes. Não jogar lixo caseiro nos rios e córregos, limpar e não desmatar os leitos dos rios e manter sempre o terreno limpo previne acidentes”, afirma o gerente estadual de Vigilância Ambiental, Francisco Lemos.
Durante enchentes e alagamentos, a população fica mais exposta à leptospirose, hepatite, diarréias e cólera, as chamadas doenças de veiculação hídrica – transmissão pela água contaminada por vírus, bactérias e outros agentes infecciosos. A leptospirose é transmitida por meio da água contaminada pela urina de ratos. O maior perigo está na limpeza e desinfecção de casas, utensílios, caixas d’água, móveis, já que a pele com cortes ou arranhões ou em contato prolongado com a água facilita a penetração da bactéria causadora da doença, que pode levar à morte.
Entre as hepatites (inflamação no fígado), a do tipo A, principalmente, também ocorre em episódios de enchentes e alagamentos. É uma doença virótica, de transmissão oral-fecal, que atinge as pessoas através de alimentos, água e utensílios contaminados. As diarréias podem ser causadas pela água contaminada por vírus, parasitas e/ou bactérias. A água contaminada pelo vibrião colérico provoca cólera, uma forma gravíssima de diarréia. Em Minas Gerais não há registros de casos de cólera desde a década passada.