O ano de 2008 foi marcado pela avaliação internacional das políticas e ações que os países adotaram para o combate aos efeitos negativos das mudanças climáticas e do aquecimento global. Minas Gerais foi responsável por significativos avanços, e importantes metas alcançadas.
Em abril foi lançado o Inventário e Mapeamento da Flora Nativa e dos Reflorestamentos em Minas Gerais, que de forma pioneira no Brasil inclui a quantificação do estoque de carbono das florestas mineiras. A preservação das florestas é uma grande contribuição do Estado para o combate aos efeitos do aquecimento global no planeta. De acordo com o inventário, somente as matas nativas de Minas Gerais garantem o seqüestro de 1,5 bilhão de toneladas de gás carbônico da atmosfera por ano.
Elaborado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla), o estudo indica que 33,8% do território mineiro está coberto por vegetação (mata nativa e floresta plantada). O cálculo, que avalia a quantidade de carbono retida na madeira e a quantidade do gás capturado na atmosfera pelas florestas nativas e plantadas, revela saldo positivo. “O trabalho é desenvolvido com foco na manutenção e ampliação de corredores ecológicos, necessários à conservação e reprodução da biodiversidade. Dessa forma, promovemos a preservação da natureza e o combate aos efeitos negativos do aquecimento global”, explica o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho.
Desmatamento – O Brasil está entre s cinco maiores emissores mundiais de gases causadores do efeito estufa. Mas diferentemente dos outros países, que têm a atividade industrial como o setor mais emissor, no Brasil o desmatamento, especialmente da Amazônia, corresponde a 75% das emissões. “Minas Gerais possui metas agressivas para redução do desmatamento”, afirma José Carlos.
A redução do consumo de matéria-prima proveniente das matas nativas é uma das metas estabelecidas no Projeto Estruturador do Governo de Minas Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica, coordenado pelo IEF. Em 2008, cerca de R$ 10 milhões foram investidos pelo Estado em programas de recuperação de áreas degradadas, projetos socioambientais e de pesquisas florestais e energéticas. Com os esforços que resultaram na redução da taxa de desmatamento em Minas em cerca de 30% nos últimos dois anos e a execução dos projetos de reflorestamento, pretende-se ampliar em 120 mil hectares a área do Estado com cobertura de vegetação nativa até 2011.
Agência Minas