É consenso entre economistas, empresários e Governo que a construção civil é o setor que mais contribui para minimizar o desemprego, um dos efeitos da crise econômica mundial. “Esse é um dos setores que mais produz efeitos multiplicadores na economia, em termos de absorção de mão de obra e de geração de renda direta e indireta”, argumenta o presidente da Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab-MG) Teodoro Alves Lamounier.
“A execução do Programa Lares Geraes – Habitação Popular (PLHP), do Governo de Minas, assegurou até agora a criação de mais de 27 mil empregos diretos e indiretos durante a construção de quase 22 mil casas”, calcula o presidente. “É a atividade que primeiro sente os efeitos da falta de investimentos, mas também a que responde mais rapidamente a injeções de recursos”, acrescenta o engenheiro José Antônio Cintra, diretor de desenvolvimento e construção da empresa, que movimenta obras em 216 municípios mineiros.
Para a execução das obras do PLHP em 2008, a Cohab recebeu R$ 114 milhões provenientes do Fundo Estadual de Habitação e da arrecadação de prestações pagas pelos mutuários. Já o Programa Lares Segurança Pública – destinado aos funcionários estaduais da área da segurança – foi contemplado com R$ 26 milhões. Cintra informa que, durante o pico de obras em julho do ano passado, cerca de quatro mil trabalhadores estavam empregados em 123 empreendimentos tocados pela companhia.
Em 2009 o orçamento prevê para os programas o aporte de recursos da ordem de R$ 178 milhões, com o que a Cohab pretende suplantar em 50% a meta do ano anterior, ou seja, construir e entregar 7.500 moradias de interesse social em 2009, segundo José Antônio Cintra. Ele calcula que essas novas construções gerem cerca de 9.400 empregos diretos e indiretos, pois as obras necessariamente estimulam o movimento do comércio local, como fornecedor de matérias primas e insumos.
AGÊNCIA MINAS