De acordo com a lista, os biomas com maior número de espécies ameaçadas são as da Mata Atlântica (276), do Cerrado (131) e da Caatinga (46). A Amazônia aparece com 24 espécies, o Pampa com 17 e o Pantanal com apenas duas. A disparidade de números em relação às 472 espécies hoje ameaçadas é justificada pelo fato de que algumas espécies aparecem em mais de um bioma
Ao comentar os resultados da lista divulgada, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, reconheceu que há uma preocupação maior com as espécies da Mata Atlântica, o bioma mais ameaçado, embora também haja outros que estão seguindo na mesma direção.
“Sem dúvida que a Mata Atlântica é o mais ameaçado, mas também há outros biomas seguindo na mesma direção: o Cerrado é um bioma que também está muito ameaçado, o que está levando o Ministério do Meio Ambiente a lançar um plano de defesa do Cerrado. As pessoas falam muito da Amazônia, mas o Cerrado está muito ameaçado e também a Caatinga, que está sendo destruída em um ritmo ainda mais agressivo do que a Amazônia”, disse Minc.
No que se refere às regiões brasileiras, o Sudeste apresenta o maior número de espécies ameaçadas, com 348; seguido do Nordeste, com 168; do Sul, com 84; do Norte, com 46; e do Centro-Oeste, com 44 espécies. Neste contexto, segundo a lista divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente, os estados com o maior número de espécies ameaçadas de extinção são Minas Gerais (126), Rio de Janeiro (107), Bahia (93), Espírito Santo (63) e São Paulo (52).
A primeira Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção foi editada em 1968, com a inclusão de apenas 13 espécies nessas condições. Em 1980 foi publicada uma nova lista, com a inclusão de mais 13 espécies. Tanto na lista de 1992 como na de 2008 existem doze espécies de importantes madeireiras ameaçadas de extinção, tendo sido adicionada a esta última lista apenas uma espécie: o “pau-roxo” (Peltogyne maranhensis), da Amazônia.
Entre as outras espécies de uso econômico incluída na lista estão algumas de fator alimentício (caso do palmito); medicinal (jaborandi); cosmético (pau-rosa) e também ornamental. Tanto o pau-rosa como o jaborandi já constavam da lista de 1992.