A partir deste ano, os professores da rede estadual de ensino vão ter duas horas a mais para se dedicar aos trabalhos extraclasse. A lei sancionada pelo governador Antônio Anastasia já está em vigor e regulamenta a destinação de 1/3 da jornada de trabalho dos professores para atividades fora da sala de aula, como previsto na lei do piso nacional da categoria aprovado em 2008 e que entrou em vigor em 2010.
Na regra anterior, os docentes dedicavam apenas 1/4 da jornada de trabalho para ações extraclasse. Das 24 horas semanais, os professores de Minas ficavam 18 horas dentro das salas de aula e seis fora delas. Agora, serão 16 horas lecionando e as outras oito para preparação das aulas, correção das provas, reuniões escolares e outras atividades pedagógicas.
Apesar da redução da proporção de horas trabalhadas dando aula, na prática, isso não quer dizer necessariamente que os professores vão passar menos tempo dentro da sala. Isso porque, para compensar a redução da carga horária de docência, alguns professores vão ter a jornada estendida.
Para possibilitar uma maior carga horária, a lei criou sistemas de remuneração que vão pagar proporcionalmente aos professores as aulas que extrapolarem as 16 horas previstas dentro da classe.
Dessa forma, os docentes poderão dar até 32 horas/aula semanais com mais 16 horas extraclasse. Assim, o professor teria o salário dobrado. Para os docentes com ensino médio, por exemplo, o salário passaria de R$ 1.178 para 24 horas semanais para R$ 2.356, com a jornada de trabalho total de 48 horas por semana. Por causa do gasto maior com o pagamento das horas adicionais, o impacto na folha salarial da rede estadual de ensino será de R$ 351 milhões por ano.
Com informações de O Tempo