Embora a febre amarela urbana não seja transmitida no país desde 1942, ainda ocorre a contaminação no ambiente silvestre. Nesses locais, a transmissão envolve primatas não humanos (PNH) e vetores silvestres da doença. Por isso é fundamental que todos se vacinem já que essa é a única maneira de evitar a doença.
Em 2008 foram confirmados quatro casos de febre amarela silvestre, sendo que três eram importados de Goiás e um caso autóctone em pessoa residente do município de Unaí (Noroeste do Estado). Em relação a casos em PNH (micos e macacos), foram confirmados sete casos em João Pinheiro, Arinos, Paracatu, Brasilândia de Minas, Natalândia, Unaí e Lagamar.
Já em 2009, até o momento, a SES recebeu confirmação, na última quarta-feira (28), de um caso importado de Febre Amarela, no município de Muriaé, Zona da Mata. O paciente E.B., de 36 anos, residia na cidade há seis meses e contraiu a doença no Rio Grande do Sul, na cidade de Jóia, onde esteve no período de 26 a 30 de dezembro de 2008, com circulação na zona rural. Voltou a Minas, em viagem de avião, e ao chegar em Muriaé, no dia 31 de dezembro, já apresentava um quadro febril. Ele foi internado em hospital do município no dia 2 de janeiro e faleceu cinco dias depois.
A Saúde Estadual, desde a suspeita do caso, tomou as medidas de vigilância necessárias, como a intensificação do combate ao mosquito Aedes aegipty no bairro onde o paciente residia e nas proximidades do hospital. Também orientou os serviços de saúde municipais a intensificarem o monitoramento de ocorrências de síndromes febris icterohemorrágicas.
De acordo com o gerente de Vigilância Ambiental da SES, Francisco Lemos, é importante que a população fique atenta à vacinação, pois “a doença é grave e uma vez infectada, a pessoa, pode, ao retornar à área urbana, servir como fonte de infecção para o Aedes aegypti, o vetor da doença nas áreas urbanas que pode, então, iniciar a transmissão da doença em área urbana, o que não ocorre há várias décadas”, destacou.
Agência Minas