A Mata Atlântica, bioma mais devastado e ameaçado do país, voltou a sofrer com o desmatamento. A taxa, que se manteve três anos em queda, chegou ao maior valor desde 2008 entre 2011 e 2012. Os dados foram divulgados pela organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica e pelo Instituto de Pesquisas Espaciais, Inpe.
O aumento registrado em 2012 teria sido impulsionado por Minas Gerais, estado que sozinho, foi responsável por metade do desmatamento do período. Segundo os autores do relatório as principais responsáveis são as siderúrgicas que utilizam a madeira para abastecer os fornos.
O Ministério Público de Minas iniciou investigação sobre o caso, já que é a quarta vez consecutiva que o estado lidera a lista de perda da floresta. Com o ínicio das investigações supressões ilegais foram descobertas.
“Pior, muitas tinham autorização do governo para acontecer, só que eram procedimentos totalmente irregulares”, afirma o coordenador das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente de Minas Gerais, Carlos Eduardo Ferreira Pinto.
Considerando somente as florestas (e não outros tipos de vegetação da Mata Atlântica), houve perda de 10.752 ha no Estado entre 2011 e 2012 – um crescimento de 70% em relação ao ano anterior.
Com informações do Estado de São Paulo.