Em meio à onda de protestos em todo o Brasil, um dos mais violentos ocorreu no sábado, 22, em Belo Horizonte, a Polícia Militar prevê confrontos “contundentes” com ativistas nas imediações do Mineirão, na próxima quarta-feira, 26, quando irão jogar Brasil e Uruguai pelas semifinais da Copa das Confederações. “Eu dou o confronto como certo”, afirmou o comandante geral da PM de Minas Gerais, Márcio Sant’ana.
Em coletiva nesse domingo, na 1ª Região Integrada de Segurança Pública, Risp, no centro da capital mineira, Márcio Sant’ana cogitou, inclusive, o auxílio de tropas do Exército e da Companhia de Missões Especiais do Interior para garantir a realização da partida. “O jogo será realizado normalmente”, respondeu após ser questionado sobre o enfrentamento considerado inevitável com os manifestantes.
Segundo o comandante, a expectativa de um confronto mais violento ainda ocorre em razão da experiência dos conflitos de sábado. No sábado, 60 mil pessoas participaram dos protestos em Belo Horizonte, mas apenas um grupo enfrentou a polícia. “Foi um cenário de guerra, a cidade ficou totalmente depredada e não vamos permitir isso novamente”, explicou.
Para a próxima quarta-feira, o perímetro estabelecido pela Fifa no entorno do Mineirão, na Pampulha, será mantido. A polícia informou que vai mudar as estratégias de combate, intensificando a atuação nos locais mais atacados no último protesto, como a Praça Sete e ao longo da Avenida Antônio Carlos.
Feridos
Os dois manifestantes que caíram do viaduto José de Alencar, sobre a Avenida Antônio Carlos, na manifestação de sábado, estão estáveis. Caio Lopes, 17, está internado no Hospital de Pronto-Socorro João XVIII, e Rafael Gomes, 22, no Risoleta Neves. Outros três feridos seguem internados e estáveis.
Incendiado
Um ônibus da linha 6420 (Vereda/Liberdade) foi incendiado, na BR–040, no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana. Não houve feridos. A estrada foi fechada no mesmo ponto duas vezes durante a semana por moradores pedindo melhorias no transporte coletivo. Segundo Cláudia de Souza, uma das líderes do movimento, a comunidade já fez um acordo com o Estado e a concessionária. “Esse vandalismo não representa nossos anseios.”
Com informações de O Tempo