Em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, um professor foi preso por suspeita de abuso sexual dentro da sala de aula. O docente, que já havia sido preso anteriormente por agredir um aluno, agora pode responder por estupro de vulnerável.
Conforme o boletim de ocorrência, a vítima relatou aos policiais que o professor tocou seus seios e coxas, enquanto afirmava que “tudo ficaria bem” e que ele estava ali para “trazer paz” para o coração das alunas. Ele também teria tocado outros alunos, fazendo referências religiosas e levando uma estudante às lágrimas.
A denúncia inclui uma ameaça a um aluno, onde o professor disse que faria “macumba” caso ele contasse sobre os abusos. Alunas relataram à direção que o professor alisava seus cabelos e organizava a sala para que ficassem próximos a ele.
Outro estudante afirmou ter medo de ir embora, após o professor segurar suas mãos e dizer que estava “tirando todos os pecados” e que algo ruim aconteceria. Esse aluno encontrou sua bicicleta com o pneu murcho, aumentando seu pânico.
Os alunos também mencionaram que o professor insistia que eles precisavam ser “exorcizados”. À direção, o professor disse estar arrependido, mas depois afirmou que não aceitava regras e que a educação deveria ser livre.
Contratado como substituto por 30 dias para cobrir as férias de uma servidora, o comportamento do professor gerou queixas dos alunos, que relataram que ele os obrigava a orar em pé, sem cumprir o conteúdo da disciplina.
Após ouvir as denúncias, a polícia prendeu o professor em sua casa. Ele permaneceu em silêncio durante o depoimento.
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG) informou que o professor foi desligado e que a Superintendência Regional de Ensino de Patos de Minas está acompanhando o caso. Uma equipe do Núcleo de Acolhimento Educacional foi acionada para melhorar o clima escolar. A SEE/MG reiterou seu repúdio a qualquer ato de assédio.
A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a prisão em flagrante do professor, que foi encaminhado ao sistema prisional e permanece à disposição da Justiça. As investigações continuam para esclarecer completamente o caso.