Qual é o seu biscoito favorito: recheado de chocolate, de coco, salpet, ou maizena? Seja qual for sua escolha, se você mora em Minas Gerais, é bem provável que pelo menos um desses esteja frequentemente na sua casa, possivelmente com a embalagem azul da Aymoré. A marca completa 100 anos em 2024 e abriu as portas de sua fábrica em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Após mudar de endereço algumas vezes, a fábrica está em Contagem há quase três décadas, empregando cerca de 550 funcionários. Nos últimos três anos, foram investidos R$ 15 milhões na modernização da planta. Atualmente, os funcionários dividem tarefas que vão desde medir o tamanho de amostras de biscoitos até embalá-los, contando com o auxílio de robôs industriais.
Curiosidades sobre os 100 anos da Aymoré:
1. Número de biscoitos vendidos por mês supera a população de Minas: A marca vende cerca de 12 milhões de biscoitos por mês, divididos entre três dezenas de produtos diferentes. Considerando biscoito por biscoito, o número ultrapassa os quase 21 milhões de mineiros, que consomem cerca de 95% da produção, segundo a empresa.
2. De onde vem o cheiro de biscoito que chega até a rua? Quem passa pelas ruas próximas à Aymoré, especialmente pela Avenida João César de Oliveira, sente o cheiro doce de biscoitos no ar. O segredo desse aroma está em um forno de cerca de 70 metros de extensão que assa as diferentes opções de biscoito. Ao longo desses fornos, erguem-se 32 chaminés que despejam o aroma para a rua, um processo que ocorre durante todo o dia. Dentro da fábrica, o cheiro também está presente, mas do lado de fora é ainda mais acentuado. Ao redor dos fornos, destaca-se o calor, que ultrapassa os 40ºC, enquanto dentro dos fornos, a temperatura supera os 200ºC.
3. As caixas de retalhos de biscoitos da Aymoré ainda existem? As caixas de retalhos da Aymoré, populares há algumas décadas, misturavam diferentes biscoitos na mesma embalagem. Essas caixas continham biscoitos que apresentavam algum defeito de fabricação, como formato errado ou pontas quebradas, e não eram embalados normalmente. No entanto, devido à legislação atual de produção de alimentos industrializados no Brasil, que exige tabela nutricional e lista de ingredientes na embalagem de cada produto, as caixas de retalhos tornaram-se impraticáveis. Agora, biscoitos defeituosos são selecionados, triturados e transformados em massa para novas fornadas.
4. Por que a logo da Aymoré é um menino indígena? A logo da Aymoré é uma homenagem à herança indígena do Rio de Janeiro, onde a marca foi fundada antes de se instalar em Minas Gerais, explica o gerente de planta da empresa, Luciano Mendes. A estampa do biscoito, um dos mais tradicionais da marca, também remete à costa do Brasil, com um sol sobre o mar e coqueiros ao redor.
Da Redação com O Tempo