O governador Romeu Zema (Novo) declarou nesta terça-feira (22), em entrevista, que o seguro obrigatório para vítimas de acidentes de trânsito, o antigo DPVAT, não será retomado em Minas Gerais em 2025.
Zema criticou duramente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que a administração federal “só pensa em aumentar a arrecadação e os impostos”.
“Considero um absurdo o retorno da cobrança do DPVAT, que sempre foi um imposto disfarçado de seguro, sem ser uma opção para os proprietários. Isso apenas enriquece aqueles com conexões políticas, que no passado lucraram milhões com esse pagamento. Em Minas Gerais, enquanto meu governo estiver no comando, não cobraremos esse valor. Estão tentando enganar a população ao mudar o nome para SPVAT, mas aqui não vamos cobrar”, disse Zema.
Ele ainda acrescentou: “Não vou transferir essa conta para os mineiros. O governo federal só pensa em aumentar impostos e arrecadação, sem nunca falar em austeridade ou economia. Nós não aumentamos impostos e não quero que o que depende do governo federal pese no bolso do povo de Minas”.
O DPVAT foi extinto em 2020 pelo governo federal, mas em maio deste ano, o Congresso Nacional aprovou um projeto que reintroduz o pagamento, agora sob o nome de Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT).
O presidente Lula sancionou o projeto em maio, e o seguro deve voltar a ser cobrado no início de 2025, com um valor estimado entre R$ 50 e R$ 60, de acordo com o senador Jaques Wagner (PT-BA), relator do projeto no Congresso.
A equipe econômica do governo federal prevê que a arrecadação com o SPVAT gerará cerca de R$ 15,7 bilhões aos cofres públicos.
Da Redação com Itatiaia