Minas Gerais registra uma média mensal de 995 casos de violência em serviços de saúde, totalizando 7.961 ocorrências de janeiro a agosto de 2024. Em comparação com 2022, quando foram contabilizadas 10.206 infrações, houve um aumento de 11,52%. Em Belo Horizonte, o cenário é alarmante: a capital caminha para ser o ano mais violento em unidades de saúde dos últimos três anos, com 29 agressões registradas até setembro.
Profissionais de saúde relatam estresse e medo constante de agressões, incluindo verbais e físicas. Um caso recente em Divinópolis ilustra a gravidade do problema, em que uma técnica de enfermagem foi alvo de injúria racial em uma Unidade de Pronto Atendimento.
Segundo a diretora-executiva do Sind-Saúde/MG, as agressões têm sido graves, com trabalhadores sofrendo lesões físicas devido à violência. A entidade propõe medidas como a instalação de bases da Polícia Militar ou da Guarda Civil Municipal próximas às unidades de saúde para reforçar a segurança.
O psicólogo Thales Coutinho destaca que a violência decorre da frustração dos usuários, que, ao enfrentar demora no atendimento, veem seu direito à saúde comprometido. Para ele, a criação de um programa educacional de manejo emocional desde a infância pode ajudar a reduzir esse tipo de comportamento.
A Prefeitura de Belo Horizonte informou que mantém a Guarda Civil Municipal em todos os Centros de Saúde e UPAs e que há instalação de câmeras e sistemas de segurança nas unidades. O Governo de Minas ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Da Redação com O Tempo