As fortes chuvas que atingiram a região do Vale do Aço na madrugada de domingo, 12 de janeiro, transformaram uma noite pacata em uma tragédia sem precedentes. Até o momento, 11 pessoas perderam suas vidas em decorrência de deslizamentos de terra, sendo 10 em Ipatinga e uma em Santana do Paraíso.
A última vítima, uma idosa de 68 anos, foi encontrada sob os escombros no bairro Bethânia, em Ipatinga, na noite de domingo. A região, já devastada por outro deslizamento que vitimou cinco membros de uma mesma família, viu o número de mortos aumentar drasticamente.
O temporal, de curta duração mas de grande intensidade, provocou estragos significativos em toda a cidade. Com 80 milímetros de chuva em apenas uma hora, córregos transbordaram, ruas foram alagadas e diversos deslizamentos ocorreram.
Diante da gravidade da situação, a prefeitura de Ipatinga decretou estado de calamidade pública por 180 dias. Equipes de resgate trabalham incansavelmente para atender às vítimas, remover entulho e avaliar os danos causados pelas chuvas. O estádio Ipatingão foi adaptado para abrigar as famílias que perderam suas casas, mas o número exato de desabrigados e desalojados ainda está sendo contabilizado.
Ver essa foto no Instagram
Número de vítimas pelo estado
A tragédia não se limitou ao Vale do Aço. Em diversas outras cidades mineiras, as chuvas causaram estragos, foram registradas óbitos em Ipanema (três vítimas), Raul Soares (duas vítimas), Uberlândia, Maripá de Minas, Coronel Pacheco, Nepomuceno, Capinópolis, Alterosa, Carangola e Tombos.
No Estado, são 1.497 pessoas desalojadas e 279 desabrigadas. O balanço preliminar indica 40 desabrigados em Ipatinga. O número de desalojados na cidade está em atualização, assim como os números de Santana do Paraíso. Em Espinosa, 17 pessoas ficaram desalojadas após chuva intensa na cidade e o rompimento de uma barragem de água na zona rural.
Da redação com O Tempo