São seis projetos mineiros de pesquisa que estão entre os recomendados para a contratação na chamada pública do Fundo Newton RCUK-Confap. O resultado de julgamento das propostas aprovadas foi divulgado no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais, em seção dedicada à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais Fapemig.
Três projetos escolhidos foram da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG: “Entendendo os mecanismos divergentes de reparo e replicação do genoma em tripanosomatídeos”, “Validação do conceito tela para neutralizar toxinas Bothrops, mirando a coesão do tecido” e “Perito: desenvolver a abordagem ecossistêmica para obter transformações urbanas positivas no contexto de vulnerabilidades de interseção”.
Completam a lista: “Proteômica quantitativa aplicada à caracterização de novos antígenos para o emprego em modelos vacinais contra a esquistossomose, uma doença tropical negligenciada”, da Universidade Federal de Ouro Preto, UFOP; “Impacto e controle biológico de uma praga agrícola invasiva mundial no Brasil”, da Universidade Federal de Viçosa, UFV; e “Compreendendo mutações em tuberculose que conferem resistência antimicrobiana: rumo a um tratamento personalizado de combate à resistência a múltiplos fármacos”, do Centro de Pesquisas René Rachou, unidade da Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, em Minas Gerais.
De acordo com a assessoria de comunicação da Fapemig, a contrapartida estadual é o investimento de R$ 50 milhões ao longo de quatro anos e em diferentes editais. Do montante, para o ano de 2015, está previsto o investimento de mais de R$ 1,1 milhão.
O professor e pesquisador William de Castro Borges, que responde pelo projeto aprovado da Universidade Federal de Ouro Preto, UFOP, está na expectativa por uma intensa troca de experiência entre as instituições parceiras, nesta ação de cooperação internacional.
“Especificamente, deseja-se ao final do projeto apontar novos candidatos vacinais para o combate à esquistossomose, uma doença negligenciada que atinge milhões de pessoas no Brasil e no mundo, considerada um sério problema de saúde pública”, destaca Borges.
De acordo com o pesquisador, o cronograma para desenvolver o projeto foi iniciado na primeira semana de janeiro e está com a conclusão prevista para dezembro. Neste momento, a Fapemig está providenciando a liberação dos recursos que vão contribuir para o início da fase experimental.
Ao todo, foram 317 propostas de todo o Brasil que participaram da seleção, com 117 classificados no enquadramento e seleção preliminar pelos financiadores. Na fase final, 71 projetos receberam recomendação para contrato, em Painel de Consultores Brasileiros e Britânicos, realizado em Florianópolis, no mês de dezembro, durante a reunião do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, Confap.
A parceria entre Reino Unido e pesquisadores brasileiros, tem como objetivo proporcionar apoio, em curto prazo, para pesquisas de pequena escala e atividades em rede, como forma de estabelecer colaborações sustentáveis entre os países. Uma oportunidade para melhorar os resultados de pesquisa e também as perspectivas de financiamento.
O edital foi aberto no segundo semestre de 2014, com atenção especial às seguintes áreas: saúde, transformações urbanas, alimento, energia, água e meio ambiente, resiliência da biodiversidade e dos ecossistemas desenvolvimento econômico e bem-estar social.
Com Agência Minas