O transplante de córnea representou 60% do transplante de órgãos realizados em todo o estado de Minas. Os dados foram divulgados pelo MG Transplantes que só no ano passado foram realizados 2.367 transplantes, a unidade obteve um número recorde de órgãos captados.
Segundo o coordenador metropolitano do MG Transplantes, Omar Lopes, são vários os fatores que contribuíram para o aumento de 30,6% no número de transplantes, para ele, o trabalho integrado com as unidades transplantadoras, o credenciamento de hospitais para este fim, a certificação e estímulo à constituição de Comissões Intra Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, CIHDOTT, a notificação de morte encefálica, além de realização de cursos de formação para profissionais em captação e doação, fizeram parte do resultado positivo.
“O programa de acolhimento dos familiares também ajuda a diminuir a taxa de recusa à doação, o que consequentemente reflete na melhora constante dos números. Várias outras ações educativas e campanhas são realizadas, para conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos”, explica o médico Lopes. No ano passado, as negativas familiares representaram 39% das causas de Não Efetivação da Doação em Morte Encefálica.
No balanço de 2014, a córnea foi o órgão mais transplantado, correspondendo a 60% de todos os transplantes realizados que foram 1.416 cirurgias. Em segundo lugar estão os rins com 24,6% e em terceiro o fígado com 3,9%.
Mesmo diante aos índices positivos, a fila de espera para um transplante de rins ainda é a maior, atualmente são 2.542 pessoas aguardando a doação do órgão, enquanto o recurso para esses pacientes não chegam, eles recorrem ao tratamento de hemodiálise. Entretanto, motivos de sobra para festejar, a fila pela espera do transplante de córnea continua zerada pelo segundo ano consecutivo.
Com Agência Minas