Paulo Ricardo Campos, de 12 anos, da cidade de Prudente de Morais, se acidentou no dia 30 de dezembro de 2014, ele brincava na rede de balanço quando prendeu o pescoço acidentalmente entre as cordas do tecido. O irmão mais novo que estava no local na hora do acidente pediu socorro ao primo Eduardo César, que iniciou manobras de reanimação.
Com a chegada de outros parentes a criança foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Samu, de Sete Lagoas, para o Hospital da cidade, devido à gravidade da lesão, Paulo foi encaminhado através de helicóptero ao Hospital João XXIII.
A bordo do helicóptero estavam os Capitães Penido e Nelson, comandantes da aeronave, o Sargento Freitas, observador aéreo, o médico Bruno Vergara e o enfermeiro Tiago Silva, do Samu-BH. Em terra, o suporte do Cabo Moisés, do Subtenente Nascimento e do Soldado Marcelo. Um convênio entre o Corpo de Bombeiros e o Samu-BH permite que as duas equipes permaneçam prontas para o atendimento, reduzindo o tempo de chegada até a ocorrência. Segundo o médico Bruno Vergara, o estado de saúde do garoto era realmente preocupante. ”Ficamos em dúvida se ele teria condições de transporte, mas não tínhamos outra opção”, conta.
Assim que pousou no heliponto do João XXIII, o menino foi recebido pela equipe multidisciplinar de atendimento ao trauma, que assumiu o tratamento. Hoje, o garoto está bem e sem sequelas. “Quero que minha história sirva de exemplo pra outras mães e crianças”, alerta o menino que registrou sua história em um caderno que reúne alguns depoimentos de vítimas que como ele, foram socorridas nos helicópteros.
Paulo e a família Campos estiveram na manhã desta terça-feira, 3, no Batalhão de Operações Aéreas, em Belo Horizonte, e fizeram questão de conhecer os profissionais que salvaram a vida do garoto. O voo no dia do acidente durou apenas 15 minutos, tempo suficiente para que a vida da criança fosse preservada e não tivesse sequelas.
O helicóptero que salvou Paulo faz parte da Esquadrilha Arcanjo, formada por três helicópteros e um avião. Além de dois modelos Esquilo, o BOA conta com o reforço de um EC-145, o Arcanjo 04, modelo birturbina, capaz de levar dois pilotos, nove tripulantes e duas vítimas e ainda possibilita que o médico e o enfermeiro realizem manobras nos pacientes.
Segundo o pai de Paulo, o sonho do filho era andar em um helicóptero. “Foi triste ver meu filho realizar um sonho daquele jeito. Mas meu maior presente foi Deus ter colocado os Bombeiros em minha vida. Eles são mesmo os amigos certos nas horas incertas. É coisa de Deus”, emocionou ao encontrar ao militares.
Com informação CBMMG