Um céu feito de abismo – Nara Amélia
Um céu feito de abismo compõe as séries da gaúcha Nara Amélia que relacionam visualidade e literalidade, em narrativas fantásticas que exploram a configuração da página de livro e as remissões à literatura pelo caráter ilustrativo e pela presença do texto ou da palavra. O conjunto de gravuras se divide em séries com especificidades temáticas e formais, cujo meio principal é a gravura em metal, prioritariamente a técnica da água-forte; água-tinta e ponta-seca; o caráter gráfico e linear do desenho, o texto, ora em enunciados, ora como legendas; os bordados, costuras e desenhos com linhas; e a inserção da cor por meio de impressão ou aquarela. Segundo a artista, “em todas as séries, trabalho com a possibilidade de narrativa de caráter enigmático, onde a atmosfera fabulosa se revela a partir de indícios da condição do homem em sua relação com animais e do cenário onde o céu se mostra pesado, numa configuração dramática que oscila entre a fábula e a vida”.
A artista Nara Amélia, de Três Passos (RS), é mestre em artes visuais pela Universidade Federal de Santa Maria e bacharel em desenho e plástica pela mesma instituição, onde também atuou como professora substituta do Departamento de Artes Visuais. Entre as principais exposições realizadas estão: Um céu feito de abismo, Cesma, Santa Maria; É uma vida maravilhosa, Studio Clio, Porto Alegre; Casa de Portugal, São Paulo; 3ª Bienal Nacional de Gravura – Olho Latino, Atibaia; Muestra colectiva de grabado da Escuela Nacional de Bellas Artes, Montevideo / Uruguai; Museu da Gravura Brasileira – Urcamp, Bagé. Também recebeu o Prêmio Aquisição XV Salão Unama de pequenos formatos, Belém/PA; 1º lugar Salão de Artes de Santa Bárbara d’Oeste; Prêmio Incentivo à Criatividade 18º Salão de Artes da Câmara de Porto Alegre e 1º lugar no concurso Os Sentidos da Justiça, Santa Maria/RS.
TransObjeto – Fabrício Carvalho
A mostra do mineiro Fabrício Carvalho trata-se de uma investigação, ou ainda um exame dos graus de evolução de uma estrutura no ambiente. Nesta exposição, o objeto assume uma dimensão arquitetônica na qual o público não está mais diante do espaço, mas sim nele. “TransObjeto” é uma intervenção no espaço da galeria, montada com ripas de madeira atadas por tiras de borracha automotiva, formando assim uma seqüência de blocos geométricos articulados como um grande esqueleto. A combinação de borracha e madeira dá flexibilidade à estrutura que se cria no ato particular do artista, sem forma, projeto e cálculos definidos e ou programados. De uma ponta a outra, a estrutura se desdobra retendo o olhar sobre seus segmentos, permitindo que lentamente o espaço vá sendo filtrado.
Natural de Ubá, na Zona da Mata mineira, Fabrício Carvalho é mestrando em Artes Visuais – pesquisa em linguagens visuais na EBA –, na Universidade Federal do Rio Janeiro. Graduado no curso de Artes e Design da Universidade Federal de Juiz de Fora, Fabrício foi artista residente do programa Bolsa Pampulha (Museu de Arte da Pampulha de BH), nos anos de 2007-2008, participando ainda do 29º Salão de Arte Contemporânea de Belo Horizonte. Além de sua atuação como professor, na rede pública de educação do Estado, Fabrício construiu uma carreira que se destaca pelo recebimento de diversos prêmios e participações em salões de arte e exposições, como o 8º Salão Bienal do Mar (Vitória, ES, 2009); Prêmio Atos Visuais da Funarte (Brasília, exposição individual em janeiro 2008) e Prêmio Estímulo, no 33º Salão de Arte de Santo André (SP), em 2005. Dentre as exposições, merecem destaque “Obras, pontes e intervenções navegáveis, na região central de Vitória” (Vitória, ES, 2009), “O silêncio do martelo” (Individual)- Museu do Estado do Pará (Belém, 2008), “TransObjeto” (individual) – Galeria Fayga Ostrower / Funarte (Brasília, 2008) e Galeria Massangana, Fundação Joaquim Nabuco (Recife) e -Paradoxos Brasil – Instituto Itaú Cultural (SP) e Paço Imperial (RJ).
Edital Artes Visuais 2009-2010
O Edital Artes Visuais 2009-2010 recebeu 182 propostas, individuais e coletivas, o que corresponde a um aumento de 25% no volume recebido, se comparado ao ano anterior. As 12 propostas artísticas que foram contempladas destacaram-se pela qualidade e contemporaneidade do material, ineditismo em Belo Horizonte e adequação ao espaço e cronograma de exposições. As obras serão expostas nas galerias Genesco Murta, Arlinda Corrêa Lima e Espaço Mari’Stella Tristão ao longo de 2009 e 2010. Iniciativa da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais (SEC) e Fundação Clóvis Salgado, o Edital dá a oportunidade aos artistas, conhecidos ou não, divulgarem seus trabalhos no Palácio das Artes.
Serviço
Exposições Edital Artes Visuais 2009-2010
Um céu feito de abismo – Nara Amélia (Galeria Arlinda Corrêa Lima)
TransObjeto – Fabrício Carvalho ( Espaço Mari’Stella Tristão)
Local: Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1537, Centro)
Horário: Segunda-feira – 18h as 21h
Terça-feira a sábado – 9h30 as 21h
Domingo – 16h as 21h
Entrada franca
Lançamento de catálogos e bate-papo com os artistas
5 de maio – terça-feira – 19h – Teatro João Ceschiatti
Entrada franca
Informações: (31)3236-7400
www.palaciodasartes.com.br