A orquestra de sopros da França interpretou o hino francês, La Marseillaise, e a Filarmônica de Minas Gerais tocou o hino nacional brasileiro. Em seguida, a cantora Bibi Ferreira interpretou quatro canções imortalizadas por Edith Piaff. Aos 86 anos, Bibi Ferreira emocionou a platéia cantando La Foule; La Goualante du Pavre Jean; La Vie en Rose; Non, Je Ne Regrette Rien e Hymne a L´Amou. Ao final da sua apresentação, Bibi foi aplaudida de pé pelo público. Os músicos franceses deixaram seus instrumentos e ficaram de pé para aplaudir a cantora brasileira.
Outro momento emocionante da noite foi o encontro das orquestras francesa e brasileira tocando o Bolero de Maurice Ravel. Estavam presentes autoridades francesas e brasileiras, atores e atrizes, entre eles Marcello Antony, Adriana Alves e o empresário francês Olivier Anquier e a ex-primeira dama da França Daniele Miterrand.
A Filarmônica mineira foi regida pelo maestro Fábio Costa. Em seis turnês pelo interior do Estado, a Filarmônica apresentou-se em 15 cidades. Dos Concertos Didáticos, realizados na capital, participaram 4.500 jovens e crianças de escolas públicas e projetos sociais. Fora de Minas, a Filarmônica teve aplaudidas participações no Festival Internacional de Inverno de Campos de Jordão (SP) e na Mostra Mineira de Arte Contemporânea (SP, capital). A temporada terminou com o lançamento de uma campanha de assinaturas amplamente abraçada pelo público.
A Orquestra de Sopros de Nord – Pas de Calais, fundada em 1890, pela primeira vez se apresenta fora da Europa. O grupo – da cidade de Montigny en Gohelle, ao sul de Lille – trouxe a Minas Gerais uma formação de 56 músicos. A orquestra, conhecida como Fanfarra, representa a forte tradição musical da região francesa. Desde o período entre as duas Grandes Guerras do século 20, o grupo acostumou-se ao reconhecimento de seu trabalho por meio de premiações em concursos locais e os aplausos do público. A orquestra centenária teve grande expansão ao longo do tempo e conta – hoje – com 80 músicos.
‘Èdith’ Bibi ‘Piaf’ Ferreira
Filha do ator Procópio Ferreira e criada desde cedo nos palcos, Bibi Ferreira desenvolveu um reconhecido talento como atriz e diretora de musicais de todos os tipos. Aos 86 anos de idade e 68 de carreira, a artista volta a se apresentar em palcos mineiros. Sua trajetória foi marcada pelos musicais “My fair lady” (1962), “Alô, Dolly!” (1965), “O Homem de la Mancha” (1972), “Gota d’água” (1975), “Bibi in concert” (1991), “Bibi in concert 2 – Entertainer” (1994), “Bibi canta e conta Piaf” (1995), “Brasileiro, profissão, esperança” (1997), “Bibi vive Amália” (2001), “Bibi in concert 3” (2004), além de “Piaf – A vida de uma estrela da canção” (1983). Sendo, este último recordista de público em todas as cidades que se apresentou – foram mais de 60 em todo o país.
O reconhecido talento de Bibi Ferreira é evidenciado em seu musical em homenagem a outro grande talento, a francesa Édith Piaf. Famosa em todo o mundo por canções que expressavam claramente sua trágica história de vida, Piaf imortalizou sucessos como “La vie en rose” (1946), “Hymne à l’amour” (1949), “Milord” (1959) e “Non, je ne regrette rien” (1960).
França em Minas
O « França.Br 2009 » Ano da França no Brasil vai até o dia 15 de novembro. A programação é organizada na França pelo Comissariado Geral Francês, pelo Ministério das Relações Exteriores e Européias, pelo Ministério da Cultura e da Comunicação – Culturesfrance. No Brasil, o evento é coordenado pelo Comissariado Geral Brasileiro, pelo Ministério da Cultura e pelo Ministério das Relações Exteriores e Européias. Em Minas Gerais, foi organizado um comissariado para cuidar da programação local, composto pelo secretário de Estado de Cultura, Paulo Brant, juntamente com Antônio Grassi, assessor do Governo; a empresária Ângela Gutierrez; Manoel Bernardes, cônsul honorário da França; Sylvie Debs, adida cultural da Embaixada Francesa em Belo Horizonte, e Gisela Mattoso, secretária executiva.