O Circuito Mata Atlântica de Minas Gerais promoveu, no Parque Estadual do Rio Doce, no Vale do Aço, reunião de trabalho na qual foram discutidas e apresentadas ações para o processo de certificação do Circuito, bem como as propostas para o desenvolvimento do turismo na região.

A certificação do Circuito é dada pela Secretaria de Estado de Turismo (Setur), que já possui 24 associações de Circuitos Turísticos certificadas e 28 em processo de certificação e articulação. O circuito turístico é constituído pelo conjunto de municípios de uma mesma região, com afinidades culturais, sociais e econômicas e que se unem para organizar e desenvolver a atividade turística regional de forma sustentável, através da integração contínua dos municípios, consolidando uma identidade regional.
Quinze municípios do Vale do Aço, além de toda a diretoria do Circuito, o gerente e funcionários do PE do Rio Doce, participaram da reunião, que teve como principal objetivo a definição do diagnóstico/inventário turístico para ser apresentado à Setur no processo de reconhecimento do Circuito Mata Atlântica. O Circuito Turístico é administrado por uma entidade sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira, regida por um estatuto e formada por membros da sociedade civil e do poder público, além de um profissional contratado para executar as ações necessárias.
“Essa reunião foi muito importante porque o Circuito Mata Atlântica representa mais um parceiro para divulgar e planejar o turismo também no PE do Rio Doce”, ressalta o analista ambiental do IEF, Vinícius de Assis Moreira. Segundo ele, o PE do Rio Doce foi escolhido para fazer parte do Circuito Mata Atlântica por ser um dos poucos remanescentes de Mata Atlântica no Brasil e por abrigar a maior floresta tropical de Minas Gerais.
PE Rio Doce
O Parque possui 36.970 hectares e é a primeira unidade de conservação estadual criada em Minas Gerais, em 1944. Com um notável sistema lacustre, composto por quarenta lagoas naturais, dentre as quais destaca-se a Lagoa Dom Helvécio, com 6,7 Km2 e profundidade de até 32,5 metros, o Parque proporciona um espetáculo de rara beleza. As lagoas abrigam uma grande diversidade de peixes, que servem de importante instrumento para estudos e pesquisas da fauna aquática nativa, com espécies tais como bagre, cará, lambari, cumbaca, manjuba, piabinha, traíra, tucunaré, dentre outras.
No Rio Doce é possível encontrar espécies da avifauna como o beija-flor besourinho, chauá, jacu-açu, saíra, anumará, entre outros. Animais conhecidos da fauna brasileira também são freqüentes no Parque. A capivara, anta, macacos-prego, sauá, paca e cotia, bem como espécies ameaçadas de extinção como a onça pintada, o macuco e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas.
Com o objetivo de aproveitar a riqueza da flora, de forma sustentável, o parque possui um herbário, que possibilita a identificação de espécies principalmente através da análise de suas características morfológicas, constituindo a base de pesquisas taxonômicas.
O Parque oferece uma completa infra-estrutura para atendimento a turistas e pesquisadores. Portaria, estacionamento, área de camping, vestiários, restaurante, anfiteatro, Centro de Visitantes, Centro de Pesquisas, Viveiro e posto da Polícia de Meio Ambiente.
Agência Minas